CEO da Repsol está otimista com upstream no México após descoberta do bloco 9

A petroleira espanhola Repsol tem uma oportunidade clara de aumentar a produção das operações offshore mexicanas, após uma descoberta no bloco 9 em julho, revelou o CEO Josu Jon Imaz nesta quarta-feira (24).

A Eni, parceira italiana da Repsol, fez a descoberta no poço Yopaat-1, localizado no bloco 9. Estimativas preliminares indicam um potencial de cerca de 300 a 400 MMboe (milhões de barris de petróleo equivalente). A Repsol detém uma participação de 50% no bloco 9, cabendo à Eni o restante.

O bloco está localizado em águas profundas na Bacia de Salina, adjacente ao bloco 29, operado pela Repsol, no qual a espanhola também fez grandes descobertas. Devido à localização do poço próximo a outras descobertas e prospectos, existe um grande potencial para desenvolver um polo de produção na área.

“Vemos oportunidades para otimizar toda a área”, disse Imaz durante uma teleconferência de resultados do segundo trimestre da Repsol. “Temos argumentos claros para uma nova FID [decisão final de investimento] que irá apoiar a melhoria sustentada da produção.”

Dos gastos da Repsol em exploração no primeiro semestre do ano, 33% foram atribuídos ao México, que lidera a carteira da empresa. Nos EUA foram gastos 21%.

Quando questionado sobre a eleição de Claudia Sheinbaum como presidente mexicana, Imaz disse esperar continuidade com as políticas energéticas do atual Andrés Manuel López Obrador.

“Nossa percepção é que as autoridades mexicanas, tanto antes quanto agora, estão totalmente focadas na promoção dos recursos locais e no aumento do poder do México como um país relevante em termos de produção de hidrocarbonetos”, afirmou.

“Queremos fazer parte desta história e desta narrativa do México”, concluiu.