Cerrado Gold planeja para 2025 início das operações em Monte do Carmo

A canadense Cerrado Gold planeja iniciar em 2025 a produção em seu projeto Monte do Carmo, no Tocantins.

A empresa também espera garantir o financiamento em breve.

No início deste mês, a Cerrado solicitou licença de instalação ao órgão ambiental estadual Naturatins. A licença de instalação faz parte do processo de aprovação ambiental, compreendendo licenças preliminares, de instalação e de operação.

“Solicitamos a [licença de instalação] e esperamos obtê-la antes do final do ano. Concluiremos o estudo de viabilidade até ao final de outubro. A partir daí, esperamos ter o financiamento concluído por volta do final do primeiro trimestre [2024]. É um cronograma bastante agressivo, mas nos sentimos confiantes de que poderemos cumpri-lo”, disse à BNamericas o CEO Mark Brennan (na foto).

“O processo de construção levará 16 meses. Portanto, provavelmente no terceiro trimestre de 2025, estaremos em produção. No primeiro ano completo de produção [2026], serão cerca de 100 mil onças”, explicou, acrescentando que o atual a estimativa de capex é de US$ 150 milhões.

FINANCIAMENTO

A empresa lançou uma licitação para procurar um organizador líder para seu programa de financiamento de projetos de agências de crédito à exportação.

A Cerrado enviou memorandos com informações bancárias aos credores de financiamento que manifestaram interesse em se tornarem os principais organizadores das linhas de crédito apoiadas pelo UK Export Finance (UKEF) para o projeto.

O financiador principal será selecionado este mês, após o qual a diligência prévia terá início.

“Eles farão a diligência prévia nos próximos dois a três meses. Até o final deste ano ou início do próximo, eles nos apresentarão o termo de compromisso final e, a partir daí, seguiremos para [assinar o contrato de financiamento]”, afirmou Brennan.

“Ao usar o UKEF temos a obrigação de usar cerca de 40% dos materiais do projeto, serviços de empresas do Reino Unido. Não vemos muito desafio nisso. Porém, a maior parte do projeto será provavelmente focada no Brasil”, disse.

PREOCUPAÇÕES FISCAIS

Sobre um projeto de lei que permitiria aos governos locais aumentar os impostos, Brennan afirmou que “os impostos são sempre uma grande preocupação. A realidade é que estamos investindo, estamos procurando investir muito dinheiro, criar muitos empregos, trazer muitos benefícios às comunidades onde atuamos, o que sempre fizemos. E sempre atuamos de forma muito responsável e cuidadosa.”

“Creio que as mineradoras poderiam provavelmente absorver um pequeno aumento nos impostos, mas se forem longe demais, destruirão esse processo de investimento. Penso que isto não é algo do interesse do Brasil”, concluiu.