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Chile ainda não confirmou viabilidade econômica do cabo transpacífico Humboldt

Bnamericas
Chile ainda não confirmou viabilidade econômica do cabo transpacífico Humboldt

O governo chileno ainda está em processo de validação da viabilidade econômica do cabo transpacífico Humboldt, projeto que começou em 2017 com estudos de pré-viabilidade e passou por diversas mudanças, inclusive de cronograma.

“Estamos juntos com nosso parceiro estratégico em um processo de pré-venda para ratificar a viabilidade econômica do projeto”, disse Patricio Rey, gerente geral do Desarrollo País, fundo estatal chileno de infraestrutura, à BNamericas.

“Com um resultado positivo, em 2023 deverá ser selecionada a empresa que realizará as obras”, acrescentou Rey. Se tudo correr bem, o projeto deverá estar concluído em 2025/2026, disse.

O Desarrollo País, controlado majoritariamente pelo Estado, selecionou em dezembro a H2 Cable de Singapura como parceira estratégica para o cabo Humboldt. Juntos, Desarrollo País e H2 vão fiscalizar obras, vendas, investimentos e, entre outras coisas, contratar a fabricante dos cabos.

No entanto, eles já contrataram a International Connectivity Services, pertencente ao Hawaiki Group, para finalizar o design do sistema, iniciar o processo de recrutamento e se conectar com potenciais clientes-chave.

De acordo com o Desarrollo País, será criado um veículo de propósito específico (VPE) como proprietário do cabo. Este VPE incluirá o Desarrollo País e outras empresas públicas e/ou privadas dos países que financiarão o projeto.

Inicialmente, foram mencionados investimentos de US$ 650 milhões, mas as estimativas atuais são de US$ 400 milhões.

LEIA TAMBÉM: Dentro do projeto de cabo América Latina-Ásia-Pacífico de US$ 650 milhões no Chile

Espera-se que Desarrollo País e H2 financiem uma parte do total. Outra parte deverá vir de instituições financeiras e governos interessados, enquanto a maior parte deverá vir de acordos de pré-venda com empresas para utilização da estrutura de transporte de dados.

O Desarrollo País não informa quantos parceiros privados (como empresas de data centers, empresas de interconexão ou mesmo operadoras) estão a bordo ou manifestaram formalmente interesse no projeto.

Quanto aos parceiros públicos, até o momento apenas Brasil e Argentina formalizaram interesse, mas apenas por meio de memorandos de entendimento, sem qualquer aporte financeiro.

O Desarrollo País disse que há interesse de outros países e conversas preliminares estão em andamento, mas nada oficial foi acordado.

Em março do ano passado, a ministra dos Transportes e Telecomunicações, Gloria Hutt, disse que o Chile recebeu mais de 20 propostas de financiamento para o projeto.

ROTA E DEMANDAS

Com 14.810 km de extensão, a rota principal do cabo conectará diretamente Chile (Valparaíso), Nova Zelândia (Auckland) e Austrália (Sydney), mas outras ramificações são possíveis.

O Desarrollo País disse que não há intenção de chegar à China, segunda maior economia do mundo, o que certamente aumentaria o apelo comercial de seu uso. O projeto inicial até incluía uma possível rota para a China, mas a opção foi posteriormente descartada.

Indiretamente, por meio de interconexões com cabos existentes em Sydney, por exemplo, o sistema poderia conectar-se ao Japão e outros países asiáticos, embora isso tivesse implicações na latência de todo o sistema.

Para o fundo chileno, um dos principais benefícios está relacionado ao aspecto “geopolítico-estratégico”.

O Desarrollo País visa a Ásia, embora o projeto atinja diretamente apenas a Oceania.

Em seu hotsite para o Humboldt, o Desarrollo País diz que todas as atuais rotas de comunicação Chile-Ásia passam pela infraestrutura dos EUA e que o projeto dará ao Chile “maior independência em suas comunicações”.

Além disso, o cabo “gera um novo canal de comunicação que contribui para a resiliência e redundância, e pode interessar às empresas para fortalecer a robustez de suas redes”.

Por fim, o fundo vê o Humboldt aumentando as capacidades de comunicação do Chile e da América do Sul em um cenário de “aumento explosivo do tráfego com 5G e internet das coisas”.

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