Chile apresenta estratégia de cibersegurança para 2023-2028

A política chilena de cibersegurança para 2023-2028 abrange: infraestrutura resiliente, direitos dos usuários, cultura de segurança, coordenação nacional e internacional, além de promoção da indústria e da pesquisa científica.

Em comparação com o cenário internacional, a segurança cibernética do Chile atinge um nível médio de maturidade, de acordo com a estratégia, que foi publicada no Diário Oficial.

Segundo o Índice Global de Segurança Cibernética, desenvolvido pela Estônia, o Chile ocupa o 53º lugar em um total de 175 países. É o sexto país da América Latina, atrás da República Dominicana, Argentina, Paraguai, Peru e Uruguai.

O Chile se destaca no desenvolvimento de políticas de cibersegurança, no combate ao crime cibernético e nas operações militares, mas falha em proteção de serviços essenciais e digitais, gestão de crises e proteção de dados pessoais.

A política visa promover a tramitação do projeto de lei-quadro sobre cibersegurança e infraestrutura crítica de informação, incluindo a criação da Agência Nacional de Cibersegurança, que opera como um órgão regulador da segurança cibernética no Chile, com poderes de regulamentação, supervisão e sanção. Além disso, planeja desenvolver um grupo nacional responsável por resolver incidentes relacionados à segurança em sistemas computacionais (Csirt).

A iniciativa propõe também o estabelecimento de obrigações específicas em termos de cibersegurança para os setores público e privado, incorporando a dimensão da educação e das boas práticas.

Da mesma forma, a política nacional estabelece a necessidade de que as instituições públicas e privadas, que operam serviços considerados vitais, melhorem o seu nível de maturidade em segurança cibernética e a capacidade de superar violações e ataques. Isto é particularmente importante depois de dois ataques cibernéticos – um à empresa colombiana IFX Networks e outro à empresa chilena GTD – que colocaram em risco a continuidade dos serviços municipais e do governo nacional.

A estratégia estabelece a necessidade de “rever os mecanismos de contratação de serviços de cibersegurança por parte do Estado, para torná-los mais eficientes e rápidos, dando preferência à contratação de serviços de cibersegurança oferecidos pela indústria local”.

O projeto prevê também o desenvolvimento da indústria local por meio da geração de incentivos econômicos e fiscais, para que as empresas existentes possam ampliar a oferta de serviços de segurança cibernética e oferecê-la preferencialmente ao Estado.