Chile cria comitê de especialistas para desenvolver estratégia para minerais críticos

O governo do Chile formou um comitê de especialistas, liderado pelo Ministério da Mineração, para elaborar diretrizes para uma estratégia nacional para minerais críticos que posicione o país como referência no fornecimento de elementos básicos para a transição energética.

O comitê, composto por 16 representantes do setor público, da indústria de mineração, da academia e da sociedade civil, também tem a tarefa de fornecer recomendações para a criação de políticas públicas relacionadas à diversificação da mineração, incentivos ao investimento, produção responsável e desenvolvimento territorial.

"Queremos nos tornar líderes não apenas devido à nossa geologia, mas também por nossa capacidade de transformar recursos em desenvolvimento sustentável, empregos de qualidade, inovação e valor compartilhado para o país", disse a ministra da Mineração, Aurora Williams, em comunicado.

O órgão consultivo faz parte de um processo que inclui mesas redondas de participação cidadã regionais e um comitê técnico que funcionará em maio e junho para abordar questões como a identificação de oportunidades de parceria.

Com o apoio de estudos da Comissão Chilena do Cobre (Cochilco), do serviço de geologia e mineração Sernageomin e do think tank independente Fundación Espacio Público, os especialistas trabalharão para encontrar soluções para a crescente demanda global por minerais essenciais.

O comitê inclui os ministros das Relações Exteriores (Alberto van Klaveren), da Fazenda (Mario Marcel) e da Economia (Nicolás Grau), além de Williams. Além disso, participarão representantes da faculdade de geólogos, associações da indústria de mineração, universidades e think tanks, além de uma ONG.

O POTENCIAL DO CHILE

Embora existam diferentes definições do conceito de minerais críticos, dependendo das estratégias adotadas pelos países para encontrar fórmulas de fornecimento, eles são geralmente caracterizados por escassez, falta de substitutos ou alto risco de interrupção da cadeia de suprimentos.

Estas condições limitam o desenvolvimento de indústrias essenciais, como tecnologia ou defesa, colocando em risco a economia e a segurança nacionais.

O Chile já é o maior produtor de dois minerais essenciais: cobre, com 23% de participação global, e rênio, com 53%. É também o segundo maior produtor de lítio, com 24% de participação, molibdênio, com 18%, e boro, com 11%, segundo o USGS.

O Chile tem as maiores reservas mundiais de cobre, lítio e rênio, além de vastas reservas de boro, molibdênio, prata e potássio.

O comitê de especialistas no lançamento de quinta-feira (10).