Chile e Alemanha fortalecem cooperação em sustentabilidade de lítio, aço e mineração

Durante sua visita à Alemanha, o presidente do Chile, Gabriel Boric, comprometeu-se a promover a cooperação nos setores de energia, aço verde e lítio

Boric está em turnê pela Europa para fortalecer os laços comerciais e políticos. Ele chegou à Suécia na noite de quarta-feira (12), acompanhado do ministro da Energia, Diego Pardow; o presidente do conselho de administração da mineradora estatal Codelco, Máximo Pacheco, e demais representantes empresariais.

Na terça-feira, durante uma reunião com o chanceler alemão Olaf Scholz, Boric discutiu a estratégia nacional de lítio e a cooperação em questões ambientais, energéticas e de matérias-primas, de acordo com um comunicado de imprensa do governo chileno.

Boric destacou também que o Chile oferece oportunidades para o setor privado formar alianças com o Estado para desenvolver projetos. Em recente conferência empresarial em Santiago, ele declarou que busca “duplicar a produção de lítio em 10 anos”.

“A Alemanha tem um stock de investimentos no Chile superior a US$ 1 bilhão e desempenhou um papel relevante na modernização do marco regulatório avançado com a União Europeia”, acrescenta o comunicado.

Este acordo está tramitando nas comissões de relações exteriores e finanças da Câmara dos Deputados do Chile.

ACORDO 

A Codelco e a estatal alemã Wismut assinaram um acordo segundo o qual formarão um comitê de trabalho e trocarão experiências em gestão de encerramento de minas, restituição de solos e sustentabilidade, informou a mineradora chilena em comunicado.

A Wismut opera nos estados da Saxônia e da Turíngia e é especializada no descomissionamento de minas e reabilitação de terras, bem como no tratamento de água e monitoramento ambiental.

Originalmente produtora de urânio, a Wismut foi criada em 1947 no setor sob ocupação soviética. Foi um ator econômico relevante na Alemanha Oriental e levou o país a tornar-se o quarto maior fornecedor mundial de urânio até ser reestruturado após a reunificação em 1990.

“Em seus 30 anos de experiência no fechamento de minas, [a Wismut] acumulou um investimento de mais de US$ 7 bilhões”, acrescenta o comunicado.

AÇO VERDE PARA HUACHIPATO

Na mesma viagem, representantes da Siderúrgica Huachipato, pertencente ao CAP; a agência chilena de desenvolvimento Corfo; o Ministério Alemão da Economia e Proteção Climática; e o Grupo SMS assinaram um memorando de entendimento para promover o aço verde.

O Grupo SMS, líder em projetos de descarbonização para a indústria metalúrgica, fornecerá o conhecimento técnico e parte de sua propriedade intelectual para o desenvolvimento de tecnologias siderúrgicas sustentáveis.

Foto: assinatura de acordo entre Codelco e Wismut