Chilena Colbún avalia próximo projeto de energia a ser construído

A geradora chilena Colbún avalia o próximo projeto a ser construído e um anúncio pode ser feito nos próximos meses, conforme informado aos investidores.

No ensolarado norte do país, a Colbún possui quatro projetos com aprovação ambiental, totalizando 3,2 GW, sendo três deles híbridos de energia solar com armazenamento e um sistema de armazenamento independente.

“Ainda estamos analisando qual será o próximo projeto a ser aprovado pelo nosso conselho”, afirmou o CFO da Colbún, Miguel Alarcón, durante a teleconferência sobre resultados do terceiro trimestre da empresa.

“Temos um pipeline significativo de projetos, muitos deles já com a aprovação ambiental em vigor. Portanto, devemos anunciar novidades sobre isso nos próximos meses.”

Os projetos autorizados da Colbún são: Jardín Solar (802 MW de energia solar fotovoltaica, 200 MW x armazenamento de 5 horas), Celda Solar (422 MW de energia solar fotovoltaica, 240 MW x armazenamento de 5 horas), Inti Pacha 1, 2, 3 (925 MW de energia solar fotovoltaica e 400 MW x armazenamento de 5 horas) e Diego de Almagro (200 MW x armazenamento de 5 horas).

A empresa já havia indicado que o projeto Celda Solar, de US$ 450 milhões, poderia ser o próximo da lista e que, em meio à crescente redução de energias renováveis, o componente de armazenamento em bateria será construído primeiro.

A Colbún, que está finalizando a construção do parque eólico Horizonte, de 816 MW, também comentou sobre o projeto da hidrelétrica reversível Paposo, de 800 MW, que foi suspenso após o Serviço de Avaliação Ambiental do Chile (SEA) da região de Antofagasta encerrar prematuramente seu processo.

A agência afirmou que faltavam algumas informações, o que gerou questionamentos sobre o motivo pelo qual as autoridades não encontraram uma solução para manter o projeto avançando no sistema enquanto as lacunas eram preenchidas.

A Colbún está avaliando “várias opções”, conforme informado aos investidores.

“Ainda estamos analisando o futuro do projeto. O projeto, até o momento, está suspenso e esse continua sendo seu status, pelo menos a curto prazo ou no futuro próximo”, pontuou Alarcón. 

O executivo acrescentou que a empresa, apesar dos obstáculos para a obtenção de licenças, mantém uma “visão positiva sobre o desenvolvimento futuro da indústria e das energias renováveis em particular”.

O investimento em armazenamento e transmissão de energia é considerado vital para permitir a desativação das usinas a carvão do país e apoiar a incorporação eficiente de capacidade eólica e solar adicional à rede. 

Recentemente, a Colbún aumentou seu portfólio de geração ao aquirir a empresa de energias renováveis Latin America Power (LAP). Com essa transação de US$ 400 milhões, a empresa adquiriu dois parques eólicos operacionais: San Juan, de 193 MW, na região do Atacama e o Totoral, de 46 MW, na região de Coquimbo.

Além disso, está em análise um projeto de expansão de US$ 200 milhões para San Juan, que incluirá armazenamento em baterias.

A Colbún opera 2,13 GW de energia térmica, 230 MW de energia solar e 1,63 GW de energia hidrelétrica no Chile.

A empresa também está considerando uma ampliação de 180 MW na capacidade do parque Horizonte.