Chilena Enap e empresas internacionais assinam acordo de logística de hidrogênio para região de Magalhães

A Enap, estatal de hidrocarbonetos do Chile, e seis empresas internacionais de energia assinaram um acordo para converter um terminal portuário na região de Magalhães em um complexo logístico de hidrogênio verde.

A estatal, que possui várias instalações e oleodutos de petróleo e gás na jurisdição de grande potencial eólico, uniu forças com Total Eren Chile, HIF Chile, FreePower Group, Grupo EDF, RWE e HNH Energy.

O negócio diz respeito ao terminal marítimo Gregorio, da Enap, e visa apoiar a execução de diversos projetos de produção de hidrogênio verde planejados para a região.

A primeira fase do acordo envolve a realização de estudos de viabilidade para avaliar os requisitos de construção e operação.

Facilitar a importação de turbinas eólicas e a exportação de hidrogênio e seus derivados estão entre as várias áreas que precisam ser abordadas para ajudar a liberar o potencial de hidrogênio de Magalhães.

“Nesse sentido, estamos convencidos de que o trabalho público-privado é o caminho para facilitar a transição energética que o Chile precisa hoje”, disse em comunicado o chefe da Enap, Julio Friedmann.

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A adaptação e conversão da infraestrutura existente – não apenas para reduzir os tempos de desenvolvimento, mas também reduzir a pegada ambiental – faz parte da estratégia de hidrogênio da Enap. A empresa está avançando em um projeto de conversão no porto de Laredo com Total Eren, HIF Chile e HNH Energy, e tem seus ativos de Cabo Negro e Bahía Gente Grande em seu radar de adaptação.

“Esta nova etapa na colaboração público-privada é um exemplo claro do trabalho associativo que pretendemos realizar em Magalhães, e que nos permitirá implantar um novo terminal marítimo, que terá como base as instalações históricas da empresa, mas adaptando-os às demandas da nova indústria”, disse Antoine Liane, CEO das operações chilenas da empresa francesa de energia Total Eren.

A Total Eren também conta com H2 Magallanes, um projeto na escala dos gigawatts planejado para a região.

Nicolás Correa, gerente corporativo de desenvolvimento e planejamento estratégico da Enap, afirmou em um recente evento de fornecedores que existe “plano bastante ambicioso de como vamos aproveitar a onda de transição energética. É a infraestrutura da Enap que, no futuro, também vai mobilizar, no fim das contas, novos combustíveis.”

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Cerca de 30 GW de projetos de hidrogênio e derivados estão direcionados a Magalhães, de acordo com uma apresentação recente da Enap.

Paralelamente, a estatal planeja uma planta piloto de hidrogênio verde em Cabo Negro, com entrada em operação prevista para 2025. Autoridades já haviam dito que outras seriam construídas em outros locais industriais, visando desenvolver know-how e explorar diferentes produtos.

Magalhães já abriga a pioneira planta de demonstração Haru Oni, da HIF Global, na qual a Enap está envolvida como parceira logística. Haru Oni aproveita a força do vento para produzir hidrogênio verde que, por sua vez, é usado para fabricar gasolina sintética. A HIF planeja ampliar o projeto para, eventualmente, iniciar exportações em larga escala, provavelmente para a Europa.

Um projeto associado – Faro del Sur – obteve um subsídio de aquisição de eletrolisador da agência de desenvolvimento Corfo e está previsto para entrar em operação até o final de 2025. Uma meta desafiadora, uma vez que o projeto ainda precisa obter licenças ambientais e setoriais.