China promete avançar com investimentos em infraestrutura na América Latina

A China prometeu continuar investindo em projetos de infraestrutura na América Latina, apesar dos planos dos EUA para combater a influência e a expansão do gigante asiático na região.

Pequim fez dos investimentos em infraestrutura em todo o mundo uma prioridade para reativar a economia e ao mesmo tempo garantir o crescimento sustentável, apesar das crescentes incertezas sobre seu papel internacionalmente e dos surtos domésticos de Covid-19, informou a agência de notícias Xinhua na sexta-feira (8), com base em informações do escritório nacional de estatísticas de China (NBS).

A China não interromperá seus planos de continuar investindo em países da América Latina e do Caribe, onde havia colocado US$ 9 bilhões em investimento estrangeiro direto em 2021, de acordo com o relatório de 2022 do think tank sino-mexicano Cechimex. O valor, no entanto, foi inferior aos US$ 18,3 bilhões em 2019.

No ano passado, o monitor de infraestrutura do think tank registrou 24 projetos ativos com participação chinesa com investimento combinado de US$ 17,8 bilhões. O relatório de monitoramento de 2022 da Cechimex deve ser divulgado em breve, conforme afirmou seu diretor, Enrique Dussel Peters, à BNamericas em maio.

A influência da China na região há muito preocupa os EUA.

Os líderes do G7 – Canadá, França, Alemanha, Itália, Japão, Reino Unido e EUA – anunciaram na semana passada o lançamento de um plano de infraestrutura de US$ 600 bilhões, promovido por Washington para combater a iniciativa do Cinturão e Rota da China, que o presidente Xi Jinping lançou em 2013.

Embora o anúncio não especifique os países que se beneficiariam do plano de mais de cinco anos, a Casa Branca disse em comunicado que o programa buscaria direcionar projetos para enfrentar a crise climática, desenvolver redes e infraestrutura de TIC e fortalecer o sistema de saúde.

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