Cimenteiras peruanas sofrem golpes em várias frentes

Os resultados das cimenteiras peruanas sofreram uma contração após a queda ano a ano de 10,1% experimentada pelo setor de construção no período janeiro-maio, devido à desaceleração econômica, protestos sociais e chuvas intensas que afetaram a demanda.

As vendas da empresa de cimento Aceros Arequipa caíram 13,1% para 1,19 bilhão de soles (US$ 332 milhões) no segundo trimestre e 10,3% para 2,41 bilhões de soles no primeiro semestre, de acordo com um relatório. O lucro líquido foi de 53 milhões de soles nos primeiros seis meses do ano.

As menores vendas no Peru, Bolívia e Colômbia foram parcialmente compensadas pelas vendas no Equador e Canadá. Das vendas totais do segundo trimestre, 894 milhões de soles, um valor recorde, corresponderam ao Peru.

Cerca de 500 milhões de soles de vendas no primeiro semestre corresponderam a exportações, ante 469 milhões no primeiro trimestre de 2019 e 351 milhões no primeiro trimestre de 2020.

A Aceros espera uma queda de 10% nas vendas este ano e um capex de 510 milhões a 560 milhões de soles.

A Cementos Pacasmayo, maior produtora da zona norte, registrou queda nas vendas de 12,1% para 442 milhões de soles no segundo trimestre de 2023, e de 10,3% para 922 milhões de soles no primeiro semestre. O volume de vendas – cimento, concreto e pré-moldados – caiu 17,9% e 17,1%. O lucro líquido do primeiro semestre caiu 7,2% para 87 milhões de soles.

A demanda contraiu acentuadamente em abril, após fortes chuvas.