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Press Release

Cinco tendências que traçarão o caminho da América Latina nos próximos anos

Bnamericas

COMUNICADO DE IMPRENSA da Suramericana
 19 de abril de 2022

O conteúdo deste comunicado foi traduzido usando um software de tradução automática.

As tendências sociais no mundo foram afetadas inúmeras vezes por fatores que não são alheios aos cidadãos e que fazem parte do cotidiano da população mundial. A pandemia da Covid-19, a crise econômica e a recessão, além de diversas ações regulatórias, alteram permanentemente o rumo político, social e econômico de regiões como a América Latina, traçando um novo panorama que deve ser levado em conta por seus habitantes para fortalecer a busca do seu bem-estar e de suas famílias.

Sob essa realidade, a Suramericana, por meio de seu Observatório de Tendências e Riscos, analisa constantemente o ambiente latino-americano para oferecer ferramentas que permitam conhecer os eventos disruptivos de maior impacto na região, com o objetivo de antecipar e tornar visíveis as novas oportunidades e riscos que podem ocorrer nos próximos anos. Em seu último relatório Tendências 2022 para a América Latina, a empresa identificou cinco:

1) Redução da classe média e aumento da pobreza na América Latina e no Caribe

Segundo dados do Banco Mundial, a pandemia de Covid-19 levou, em 2020, a 4,7 milhões de pessoas, pertencentes à classe média na América Latina e no Caribe, a entrar em vulnerabilidade ou pobreza. A propagação do vírus gerou uma diminuição considerável do poder aquisitivo dos habitantes nos últimos dois anos, aprofundando uma série de desigualdades estruturais que se refletem nos altos níveis de informalidade e falta de proteção social.

De acordo com um relatório elaborado pela Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (CEPAL), a crise causada pela pandemia significará um retrocesso na América Latina de 12 anos em termos de pobreza e 20 anos em termos de pobreza extrema. De forma complementar, a OIT destaca como a recuperação parcial do emprego tem sido liderada pelo crescimento do emprego informal, onde este tipo de ocupação representa 70% ou mais da criação líquida de empregos em vários países da região.

Adicionalmente, o consumo interno é um dos principais determinantes do crescimento econômico e, estando exposto a diferentes eventos disruptivos, ocorridos entre 2020 e 2022, espera-se que se evidenciem desafios importantes ao nível do seu dinamismo, principalmente devido à diminuição no poder de compra da região.

Para mitigar esse fenômeno, segundo o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), são urgentemente necessárias políticas que promovam a formalização da economia, massifiquem e melhorem a equidade dos sistemas previdenciários e previdenciários, gerem sustentabilidade financeira da educação e da saúde e transformem instituições para torná-los mais eficientes.

2) Transição para uma economia verde

Essa tendência é e será uma das principais protagonistas nos próximos anos. Alinhados ao Pacto Global das Nações Unidas e aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), os países latino-americanos e seu setor empresarial vêm acelerando sua transição para uma economia verde e sustentável, com foco na proteção do meio ambiente e das comunidades que o compõem.

Estudos da Comissão Global sobre Economia e Clima indicam que ações climáticas ousadas e eficazes podem gerar pelo menos US$ 26 trilhões em benefícios econômicos acumulados até 2030. Dados do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e da Organização Internacional do Trabalho (OIT) mostram que, até 2030, a descarbonização da economia pode gerar 15 milhões de empregos líquidos e impulsionar o crescimento econômico de mais de 1% ao ano.

Esta visão traz, sem dúvida, importantes desafios para o setor empresarial, associados à transformação dos seus processos. As medidas podem implicar mudanças substanciais em suas estratégias de negócios, mas tornam-se oportunidades para o desenvolvimento de novas tecnologias que contribuem para a continuidade e sustentabilidade das empresas.

Com isso, a emissão de títulos verdes e a participação nos mercados de compensação de carbono aumentarão exponencialmente nos próximos anos. O BID espera que a América Latina e o Caribe quadrupliquem sua participação no mercado global de títulos verdes até 2024, dos atuais 2% para 8%.

3) Transformação de interesses geopolíticos

Eventos globais como a pandemia de Covid-19, o conflito entre Ucrânia e Rússia e, em geral, mudanças nas condições ambientais, desenvolvimentos tecnológicos e globalização econômica, social, cultural e política, transformaram o meio ambiente, propiciando o surgimento de novos ativos estratégicos para as nações, consequentemente modificando o sistema de alianças internacionais.

Para Juanita Gomez Loaiza, Gerente de Risco Corporativo e Modelagem de Tendências da Seguros SURA, o crescimento global da mobilidade elétrica e a necessidade constante de informação e conectividade “implica uma maior demanda por celulares, tablets e veículos elétricos, cujas baterias são feitas com lítio, matéria-prima abundante na América Latina, especialmente no Chile, Argentina e Bolívia (o chamado “triângulo do lítio”), além do México”. De acordo com o Instituto Geológico dos Estados Unidos, encontram-se até 67% das reservas mundiais deste valioso mineral. A Agência Internacional de Energia estima que até 2040 a demanda por lítio aumentará 42 vezes.

A UNCTAD estima que, em decorrência da pandemia do Covid-19, as organizações se concentrarão mais na continuidade e resiliência de suas cadeias logísticas, estudando e acelerando os processos de "reshoring" e "nearshoring", também impulsionados pelo aumento dos custos de produção na China, ainda maiores do que os de alguns países latino-americanos, como o México. A proximidade com os grandes mercados dos Estados Unidos ou da Europa, juntamente com custos de produção competitivos e pessoal qualificado, tornam a região mais atrativa para investimentos. No entanto, para Gomez Loaiza, “ainda existem lacunas importantes na capacidade da infraestrutura regional que devem ser abordadas para melhorar a competitividade”.

4) Diluição de fronteiras na era digital

A quarta revolução industrial, a velocidade das mudanças e as novas expectativas, levam as empresas a se transformarem permanentemente e arriscam entrar em campos que transcendem sua atuação tradicional, atravessando as barreiras de seu setor econômico por meio do desenvolvimento de novos modelos de negócio.

Na América Latina, essa transformação tem sido lenta em comparação com outros concorrentes internacionais, mas espera-se que se intensifique nos próximos anos para manter a competitividade da região. Alguns exemplos que demonstram essa tendência são a crescente relação entre indústrias como: saúde e alimentação; geração/transmissão de energia com eletrodomésticos e o mundo do esporte com seguros, entre outros.

Segundo relatório da empresa EY, 57% das empresas da América Latina aumentaram seus investimentos em transformação digital. As indústrias que mais fizeram isso são: pesca, saúde, manufatura, logística e transporte, educação, consumo e varejo, bancos,  seguros e automotiva.

Em 2020, apesar do rompimento da pandemia, a América Latina foi uma das regiões que mais cresceu em número de usuários de banda larga e, se somarmos o fato de que nos últimos 2 anos a região também foi protagonista nas rodadas de captação de capital para startups com participação de aproximadamente 40%, é possível concluir que ainda há muito potencial na região. “Esse potencial está inicialmente concentrado em grandes economias como Argentina, Brasil e México, mas alguns países pequenos como Uruguai se destacam como um dos países que mais exportam serviços de software por pessoa”, explica o Gerente de Modelagem de Tendências e Risco Corporativo.

A atratividade da região é indiscutível e foi ainda recentemente o foco do primeiro investimento feito por Jeff Bezos na América do Sul por meio da NotCo, um unicórnio chileno que usa um algoritmo para encontrar combinações de plantas que permitem replicar alimentos de origem animal, tornando-os mais sustentáveis.

Paralelamente, um estudo recente publicado pelo Mastercard Economics Institute, 'Recovery Insights: Small Business Reset', sugere que, durante a pandemia, o número de pequenas e grandes empresas que se digitalizaram pela primeira vez na América Latina ultrapassou 200% em 2020, e a consolidação desta tendência continuou em 2021.

5) Globalização e seus riscos associados

Tendo em vista que os efeitos do comportamento econômico de um país ou empresa multinacional, os ataques cibernéticos, os efeitos das mudanças climáticas, a desigualdade social e os movimentos de protesto atravessam fronteiras, torna-se cada vez mais importante compreender os sinais do ambiente internacional.

Nesta ocasião, Gomez Loaiza compartilha que, com as perturbações globais dos últimos anos, principalmente associadas à pandemia e ao conflito entre Rússia e Ucrânia, "a interdependência que continua a existir entre os países no que se refere ao comércio internacional e as diferentes repercussões que isso pode ter em outras variáveis econômicas”.

A crise da cadeia produtiva, causada principalmente pela recuperação assimétrica em nível global, já vinha causando desvios no desempenho econômico esperado da região para 2022. “O fenômeno da pressão inflacionária passou a ser um denominador comum no mundo e na América Latina. Países latinos como Brasil, Chile, Colômbia e México apresentaram variações anuais de preços acima de 7% em fevereiro de 2022. Níveis bem acima dos objetivos de política monetária dos bancos centrais”, detalha o gerente.

Adicionalmente, o conflito entre a Rússia e a Ucrânia traz consequências econômicas e financeiras que poderão começar a refletir na deterioração da percepção de risco e numa maior pressão inflacionária que conduz a um possível abrandamento económico devido às medidas que devem ser tomadas para mitigar essa aceleração.

Apesar de a Rússia não ser um ator relevante como parceiro comercial da região (segundo dados do Trade Map até 2020, em geral, as exportações ou importações representam menos de 2% do seu valor total), os efeitos colaterais da guerra gerarão impactos nas economias regionais, uma vez que as sanções contra a Rússia estão tendo consequências nos preços internacionais das matérias-primas e nas cadeias de abastecimento, o que se traduziria num aumento do custo dos bens e serviços associados ao setor alimentar e energético.

Nesse sentido, a Suramericana destaca o risco de perda de poder aquisitivo da região nos próximos anos, o que pode levar a um aumento do descontentamento social. De acordo com FocusEconomics e JP Morgan, as expectativas de inflação para o final de 2022 aumentaram para alguns países como Chile e Colômbia em mais de 100 pontos base, em relação às projeções feitas em janeiro.

Outro aspecto que a Suramericana destacou para levar em consideração nos próximos anos está relacionado aos altos fluxos migratórios que ocorrem na região, desde os migrantes europeus que buscam uma qualidade de vida mais elevada e acessível, até os migrantes que, por desconfiança do governo e falta de oportunidades, se mudam para outras nações latino-americanas ou para os EUA e Canadá.

Sobre a Suramericana:

 

Com mais de 76 anos de experiência, a Suramericana SA é uma empresa especializada no setor de seguros e em gestão de tendências e riscos. É uma subsidiária do Grupo SURA (81,1%) e também é apoiada como acionista pela resseguradora alemã Munich Re (18,9%). A Companhia é uma plataforma multisolução, multicanal e multisegmento com atuação em 9 países da América Latina, onde busca entregar bem-estar sustentável e competitividade a cada um de seus 18 milhões de clientes, entre pessoas físicas e jurídicas, servido por cerca de 22 mil funcionários e 25 mil conselheiros. É apresentado ao mercado como Seguros SURA na Colômbia, Chile, México, Argentina, Brasil, Uruguai, Panamá e República Dominicana e como Asesuisa em El Salvador. A Suramericana é a sétima seguradora da região, em volume de prêmios emitidos, e a terceira de origem latino-americana.

 


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