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Cochabamba sofre maior parte dos danos causados pelos bloqueios de estradas

Bnamericas
Cochabamba sofre maior parte dos danos causados pelos bloqueios de estradas

O departamento boliviano de Cochabamba ainda avalia os danos econômicos e infraestruturais causados pelos recentes bloqueios de estradas liderados por apoiadores do ex-presidente Evo Morales.

No auge dos protestos, no início deste mês, as rodovias foram bloqueadas em 23 pontos no departamento, dos 36 pontos em todo o país.

As manifestações resultaram em danos às estradas, pois alguns manifestantes explodiram dinamite e impediram o trabalho das equipes de manutenção.

“Serão necessários mais fundos e trabalho”, afirmou à BNamericas Raúl Solares, presidente da Câmara de Construção de Cochabamba (Cadeco), acrescentando que alguns dos materiais usados para bloquear estradas também danificaram a pavimentação.

Estima-se que as perdas econômicas atingiram quase US$ 1 bilhão de dólares em todo o país.

Desse montante, US$ 236 milhões correspondem ao departamento de Cochabamba, embora La Paz (US$ 320 mi) e Santa Cruz (US$ 373 mi) tenham reportado perdas ainda maiores, segundo o Ministério da Economia.

Solares explicou que o setor da construção também sofreu prejuízos devido à impossibilidade de transporte de materiais, equipamentos e pessoal, agravando uma situação já complexa.

“No caso de Cochabamba, os níveis pré-pandêmicos [da atividade de construção] não foram recuperados”, comentou.

Por exemplo, as licenças de construção aprovadas em 2023 cobriram apenas 70% da área do terreno em comparação com 2019 no caso da área metropolitana do departamento, que inclui a cidade de Cochabamba.

As estradas foram finalmente liberadas na semana passada, depois que o Congresso aprovou uma lei para convocar eleições para juízes, que deveriam ter ocorrido no ano passado, mas foram interrompidas porque os deputados não conseguiram chegar a um acordo sobre as listas de pré-candidatos.

Apesar disso, Morales e os seus apoiadores continuam apelando à destituição de vários magistrados importantes, cujos mandatos foram prorrogados porque eleições não foram convocadas.

Estes incluem os juízes do Tribunal Constitucional Plurinacional, os quais em dezembro decidiram que Morales não pode concorrer como candidato nas eleições presidenciais do próximo ano.

Os parlamentares debatem atualmente um projeto de lei que trata da destituição dos juízes, mas na semana passada evistas e arcistas (apoiantes de Morales e do atual presidente, Luis Arce, respectivamente) – ambos divididos no partido governista MAS – não conseguiram chegar a um acordo.

O governo também acusa a facção evista de bloquear a aprovação de US$ 825 milhões em recursos.

Diante da possibilidade de novos bloqueios, os empresários de Cochabamba pediram às autoridades que priorizem a conclusão de uma nova rodovia para o departamento de Beni, a qual evitaria passar pela província de Chapare, em Cochabamba, um dos principais redutos de Morales.

O ex-presidente suspendeu um projeto rodoviário que ligava Chapare a Beni quando estava no poder, após protestos de grupos indígenas.

Solares acredita que há grande interesse em uma rodovia ligando os dois departamentos, pois melhoraria significativamente o comércio para ambas as regiões e é apoiada pelas respectivas autoridades.

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