Colômbia agirá para lidar com baixa em reservas de petróleo e gás

A vida útil das reservas de hidrocarbonetos da Colômbia caiu em 2023, em meio de preocupações crescentes sobre um iminente déficit de gás natural.

As reservas comprovadas de petróleo eram de 2,02 Bb (bilhões de barris) em 31 de dezembro, cifra abaixo dos 2,07 Bb do ano anterior, enquanto as de gás natural também caíram, de 2,82 para 2,37 Tf³ (trilhões de pés cúbicos), afirmaram autoridades nesta sexta-feira (24).

Os volumes indicam uma autossuficiência de 7,1 anos para o petróleo e 6,1 anos para o gás, abaixo dos 7,5 e 7,2 anos, respectivamente, estimados um ano antes.

A Agência Nacional de Hidrocarbonetos (ANH) comunicou que o fornecimento de gás natural, em particular, foi impactado na última década pela falta de novas descobertas e pelo aumento da demanda.

“Temos que agir agora para compensar”, disse o presidente da ANH, Orlando Velandia, em entrevista coletiva. Ele acrescentou que a atual taxa de reposição de reservas da Colômbia é de cerca de 80%.

Já o ministro da Energia, Andrés Camacho, insistiu que o governo está agindo para aumentar os recursos contingentes e evitar escassez no médio prazo.

“É nosso compromisso acelerar e realizar uma transição energética justa, que permita aproveitar as oportunidades do país para transformar energia em desenvolvimento econômico”, declarou Camacho em conferência de imprensa. Ele também destacou que um terço das 48 descobertas feitas na Colômbia na última década ocorreram durante a atual administração, iniciada em agosto de 2022.

Intervenientes da indústria, no entanto, criticaram a decisão do governo de aumentar os impostos sobre os produtores de petróleo e a suspensão das rodadas para novas licenças de exploração.