Colômbia avalia casos de uso de IA na gestão do espectro

A agência nacional de espectro da Colômbia (ANE) está avaliando 15 propostas enviadas por especialistas como parte de um projeto para aplicar inteligência artificial (IA) na gestão de faixas de frequência.

Os projetos se concentram nas atividades de planejamento e atribuição de frequências, análise técnica e monitoramento e controle de espectro, informou a entidade nas redes sociais.

No entanto, a ANE não deu detalhes sobre os campos em que a IA poderia ser aplicada.

Nos últimos meses, o potencial do uso de soluções baseadas em IA para práticas de espectro se tornou um tópico de debate entre especialistas e reguladores de telecomunicações.

Os reguladores dos Estados Unidos (FCC) e do Reino Unido (Ofcom) lançaram estudos e/ou convocatórias sobre IA e outras tecnologias para o gerenciamento do uso do espectro em 2023.

A FCC, em particular, está avaliando se as técnicas de inteligência artificial poderiam ajudar a equilibrar o espectro entre o uso governamental e não governamental.

Entre as possibilidades que estão sendo analisadas está o apoio da IA para o uso compartilhado do espectro ou para acesso dinâmico ao espectro – ou seja, dispositivos que usam o espectro em um determinado local quando essas frequências não são necessárias para os serviços tradicionais.

“Aproveitar os recursos da tecnologia de IA para melhorar o acesso dinâmico e/ou oportunista ao espectro pode transformar a maneira como o espectro é compartilhado e permitir que os reguladores evitem fazer escolhas complexas entre usos concorrentes em algumas faixas de frequência”, disse a consultoria Analysys Mason em um relatório de janeiro sobre o assunto.

Apesar disso, a Analysys citou “dificuldades práticas, técnicas e comerciais” relacionadas a isso.

REGULAMENTAÇÃO

Além do projeto interno, a ANE está envolvida em discussões sobre uma estrutura de IA na Colômbia.

Em agosto, a agência participou do lançamento de uma comissão especial sobre projetos de lei de inteligência artificial no Congresso colombiano.

A comissão foi criada para unificar critérios e gerar consenso em torno dos diferentes projetos de lei relacionados à IA que estão sendo debatidos no Congresso.

Na ocasião, a ANE afirmou que busca “colaborar ativamente na criação de um quadro legislativo sólido que oriente o avanço tecnológico, destacando a importância de uma abordagem multidisciplinar na formulação de leis que abordem tanto os desafios quanto as oportunidades apresentadas pela inteligência artificial”.