Colômbia concede contrato para administração do corredor ferroviário do Pacífico

A Colômbia concedeu o contrato para a administração do corredor ferroviário do Pacífico para a empresa Infraestructura Nacional.

O contrato, no valor de 41,5 bilhões de pesos (US$ 10 milhões) terá uma duração de 12 meses, de acordo com a agência de infraestrutura ANI.

O contratado será responsável pelas ações de vigilância, limpeza e desobstrução de todo o corredor e das 13 estações ferroviárias; manutenção de estações, oficinas e armazéns; e administração e manutenção do material rodante.

Também terá que realizar atividades de manutenção em 41 km de infraestrutura ferroviária entre Palmira e Buga e lidar com a defesa jurídica do corredor, apresentando queixas por ocupação ilegal ou invasão às autoridades competentes.

"Essas ações, somadas aos avanços na estruturação de uma conexão ferroviária entre Buenaventura, principal porto marítimo da Colômbia no Pacífico, e o corredor ferroviário Central, são essenciais para fortalecer a competitividade do país e promover a integração por meio de um transporte mais eficiente e sustentável”, afirmou o presidente da ANI, Francisco Ospina Ramírez.

Em dezembro de 2022, a ANI e a agência financeira de desenvolvimento, FDN, assinaram um contrato de 25 bilhões de pesos para estudos e projetos de pré-viabilidade que permitirão estabelecer a melhor alternativa para conectar o Pacífico com a rede ferroviária Central.

Os estudos estão 96% concluídos. A ANI deverá contratar um consultor no último bimestre para desenvolver a etapa de viabilidade, a fim de definir os aspectos técnicos, econômicos e financeiros do projeto para a licitação.

O governo do presidente Gustavo Petro está investindo na reativação do setor ferroviário para tornar o transporte de carga e passageiros na Colômbia mais eficiente.

Uma das principais apostas para fortalecer o setor ferroviário nacional é o corredor ferroviário do Pacífico, que se estenderá do porto de Buenaventura, na costa sudeste, até La Felisa, município do departamento de Caldas localizado a cerca de 100 km ao sul de Medellín.

A partir daí, o corredor deverá se conectar com a rede ferroviária de 2.300 km que atravessa o centro do país pelos departamentos de Santander, Boyacá, Antioquia, Cundinamarca, Caldas, Huila e Tolima, e, posteriormente, com o corredor ferroviário do Atlântico.

A rede ferroviária colombiana tem uma extensão de cerca de 3.500 km e oferece uma relação complementar com os modais rodoviário e fluvial. No entanto, existem amplas áreas deterioradas por falta de manutenção e diversos trechos inativos devido aos baixos níveis de investimento e ao foco nacional das últimas décadas na melhoria da rede viária.

O Plano Diretor Ferroviário do país abrange o transporte de carga e passageiros, além de projetos de intermodalidade em escala nacional para impulsionar a competitividade da Colômbia e aproveitar sua localização geográfica privilegiada no eixo da América do Norte e do Sul.