Colômbia define prazo para Tigo-UNE resolver problemas financeiros

As autoridades colombianas de telecomunicações e concorrência deram à operadora Tigo-UNE até o dia 9 de outubro para resolver suas questões financeiras ou enfrentar um processo de reorganização empresarial.

Os detalhes foram acordados por representantes da controladora da Tigo, Millicom, de seu parceiro local Empresas Públicas de Medellín (EPM) e da própria companhia em uma reunião na última segunda-feira (11), informou o Ministério de TIC (Mintic).

Também participaram funcionários do órgão de fiscalização da indústria e do comércio do país.

O Mintic informou que os acionistas da empresa de telecomunicações devem tomar uma decisão antes do final do prazo, ou a pasta iniciará um processo de reorganização empresarial de acordo com a lei.

“A vontade do governo é manter o funcionamento da empresa, e assim preservar a conectividade dos 12,5 milhões de usuários e o emprego dos 15.000 profissionais, que atuam direta e indiretamente. Qualquer que seja a decisão tomada, o que buscamos é que, em nenhum caso, o serviço seja interrompido e que avancemos com o plano de conectividade no país em todos os momentos”, disse o ministro de TIC Mauricio Lizcano.

O prejuízo da Tigo-UNE totalizou 474 bilhões de pesos (US$ 106 milhões) durante 2022. Os principais acionistas da Tigo-UNE são EPM (50%) e Millicom (49,99%).

Segundo o relatório, foram analisadas diferentes estratégias para proteger o funcionamento da empresa e manter a estabilidade do mercado, dos serviços para os usuários e dos empregos.

A empresa deve ser capitalizada ou ter seu capital diluído. “Caso nenhuma decisão seja tomada antes desta data, terá início um processo de reorganização empresarial para garantir a prestação do serviço”, destacou o ministério.

Se a empresa for capitalizada, haverá um investimento de US$ 150 milhões, divididos pela metade entre UNE e Millicom. Se o capital for diluído, a Millicom fornecerá todos os recursos e a EPM perderá uma parte de sua participação.

A medida do ministério foi anunciada pouco depois que Tigo, Claro, Movistar e WOM prometeram um investimento conjunto de 3,5 trilhões de pesos para conectar 12 milhões de colombianos.