Colômbia pode perder autossuficiência energética

A Colômbia perderá sua autossuficiência de gás natural dentro de 18 meses se não incorporar novas reservas, segundo a previsão mais recente da UPME, unidade de planejamento do ministério de minas e energia.

Em uma versão preliminar de seu plano de expansão nacional revisado para 2022-2052, divulgada para comentários públicos, a UPME afirmou que a demanda atual de 1 Bf³/d (bilhões de pés cúbicos por dia) aumentaria para algo em torno de 1,6 Bf³/d e 1,9 Bf³/d ao longo das próximas três décadas.

Dados oficiais publicados em maio mostram que as reservas de gás da Colômbia estavam em 2,82 Tf³ em 31 de dezembro de 2022.

“Embora exista hoje uma capacidade de importação de 400 MMf³ no porto de Cartagena através da infraestrutura de armazenamento e regaseificação, essa capacidade pode não ser suficiente se a tendência de queda nas reservas de gás natural dos últimos anos continuar”, disse a UPME no documento de 159 páginas.

A previsão se baseia no Cenário 1 da UPME, que considera apenas reservas provadas com “alta certeza” de comercialização.

Enquanto isso, a autossuficiência de óleo cru do país deve terminar no final de 2026 ou início de 2027, de acordo com a previsão do Cenário 1. A UPME informou que a demanda por petróleo permanecerá estável em cerca de 450.000 b/d, o que praticamente reflete a capacidade de refino existente no país.

Segundo a UPME, as perspectivas em ambos os casos podem melhorar se as reservas prováveis e possíveis forem incorporadas.

“Para manter a maior autossuficiência possível, é necessário ter novos investimentos dos produtores e uma gestão institucional eficaz que permita reclassificar como reservas os recursos contingentes e prospectivos atuais”, apontou a entidade.