Colômbia prepara rodada de licenciamento geotérmico

Como parte de esforços mais amplos para diversificar a matriz energética do país, a Colômbia está preparando o lançamento de um edital para projetos de energia geotérmica.

Um catálogo inicial de sete áreas será oferecido aos investidores: Paipa, Iza, Volcán Machín, Volcán Azufral, San Diego, Villamaría e Sibundoy, com contratos previstos para serem assinados no segundo semestre do ano.

“Não há mais obstáculos: estamos recuperando a soberania sobre a energia geotérmica para o desenvolvimento energético do país. A primeira rodada geotérmica ocorrerá em 2025”, disse o ministro da energia, Andrés Camacho, na rede social X.

Segundo autoridades, o processo permitirá a participação de empresas de exploração e de EPC (sigla em inglês para “engenharia, aquisição e construção”) responsáveis pela execução completa do projeto.

As áreas incluem campos de petróleo e gás existentes e o chamado “arco vulcânico”, que compreende as montanhas da Cordilheira Central e as fontes termais de Paipa mais a leste, na Cordilheira Oriental.

Em janeiro, o Ministério de Minas e Energia emitiu um decreto destinado a acelerar a exploração, produção e comercialização de recursos geotérmicos. As disposições incluíam a criação de um registro de projetos, licenciamento ambiental simplificado e medidas para facilitar o acesso à rede.

Também abriu espaço para a operação “em cascata” – prática que permite que o mesmo fluido geotérmico seja usado para múltiplos propósitos, como eletricidade e aquecimento, bem como incentivos para a utilização da infraestrutura existente de petróleo e gás.

De acordo com dados do Serviço Geológico Colombiano (SGC), o país possui recursos geotérmicos armazenados de 139 exajoules, o equivalente a 1,17 GW de capacidade de geração de energia.

A estatal Ecopetrol e a canadense Parex Resources estão entre as que já delinearam planos para o desenvolvimento geotérmico.

A Ecopetrol anunciou que está estudando a possibilidade de um projeto-piloto no departamento de Meta, enquanto a Parex recebeu no ano passado uma licença para desenvolver uma usina de capacidade entre 15 e 60 kW nas áreas de Maní e Aguazul, no departamento de Casanare.