Colômbia revela projeto para expansão de energia geotérmica

A Colômbia publicou novas diretrizes para energia geotérmica, buscando impulsionar investimentos no emergente setor.

Um decreto emitido pelo Ministério de Energia e Minas atualiza uma estrutura existente estabelecida em 2015 e visa facilitar a exploração, produção e comercialização de recursos geotérmicos.

“[Estas] diretrizes contribuem para coordenar e harmonizar esforços […] para implementar projetos geotérmicos, acelerando a implantação e adoção desse tipo de fonte de energia renovável não convencional”, diz o documento.

As disposições incluem a criação de um registro de projetos, licenciamento ambiental simplificado e medidas para facilitar o acesso à rede.

Também abre espaço para o cascade geotérmico, prática que permite que o mesmo fluido seja usado para múltiplos propósitos, como eletricidade e aquecimento.

A amplitude do decreto se estende ao setor de mineração por meio da identificação de salmouras geotérmicas como uma fonte de “mineral valioso”.

“A salmoura geotérmica […] pode conter minerais como lítio e boro, entre outros”, acrescenta o documento.

Além disso, o ministério levantou a perspectiva de incentivos para a utilização da infraestrutura existente de petróleo e gás para produzir energia geotérmica. De acordo com dados do Serviço Geológico Colombiano, o país possui recursos geotérmicos armazenados de 139 exajoules, o equivalente a 1,17 GW de capacidade de geração de energia.

Em março de 2024, uma alta autoridade em energia revelou que havia planos em andamento para conduzir um leilão de licenças de exploração e produção geotérmica.

De acordo com a Agência Nacional de Hidrocarbonetos (ANH), as áreas sob consideração incluem o arco vulcânico do país nas montanhas da Cordilheira Central e a região das fontes termais de Paipa mais a leste, na Cordilheira Oriental.

Em notícias relacionadas, a petroleira Parex Resources recebeu no ano passado uma licença para desenvolver a primeira usina geotérmica da Colômbia, com capacidade variando inicialmente de 15 a 60 kW.

O projeto está localizado nas áreas de Maní e Aguazul, no departamento de Casanare, onde a Parex atualmente possui operações de petróleo e gás.

A íntegra do decreto pode ser acessada aqui, em espanhol.