Colômbia toma medidas para aliviar crise de liquidez no setor energético

O Ministério de Minas e Energia da Colômbia assinou um decreto aprovando uma linha de crédito de 1 trilhão de pesos (US$ 232 mi) para distribuidores e varejistas de eletricidade em dificuldades.

O banco público de desenvolvimento Findeter desembolsará os fundos às empresas a uma taxa de juros subsidiada para aliviar as crescentes preocupações de liquidez.

O ministro da Energia, Andrés Camacho, comentou que a medida faz parte de uma série de medidas destinadas a apoiar as partes interessadas do setor elétrico.

Outras medidas anunciadas por Camacho nesta terça-feira (10) incluem: mecanismos que reduzam as tarifas de energia elétrica e os pré-pagamentos para compradores de energia no mercado atacadista, uma extensão dos diferimentos de pagamento para varejistas e distribuidores afetados, além de uma resolução que busca garantir o fornecimento de gás liquefeito de petróleo (GLP) em condições emergenciais.

“Este é um governo que está […] comprometido com a segurança energética do país”, disse Camacho no X, plataforma anteriormente conhecida como Twitter.

Mais detalhes das ações, em espanhol, podem ser acessados aqui.

Os distribuidores e retalhistas de eletricidade colombianos afirmam que foram prejudicados por um programa opcional de subsídio tarifário, introduzido pelo governo anterior para ajudar os consumidores a lidar com o impacto da Covid-19.

O programa, que permitiu aos consumidores adiar os pagamentos por até 36 meses, deixou os fornecedores com um déficit combinado de mais de 5 biliões de pesos.

A situação foi agravada pelo aparecimento do fenômeno climático El Niño, que secou as barragens hidrelétricas e provocou um aumento acentuado nos preços por atacado da energia.

Um relatório publicado na semana passada pelo operador da rede e coordenador do mercado atacadista de energia XM (ver anexo) alertou que 36 distribuidores e retalhistas estavam em perigo de colapso financeiro.