Colombiana Terpel está 'atenta' à iminente escassez de gás

A Terpel, distribuidora colombiana de combustíveis, acredita que o crescente mercado de gás liquefeito de petróleo (GLP) do país pode minimizar o impacto do déficit de gás natural em seu balanço, afirmou o CEO Oscar Bravo nesta quarta-feira (21).

De acordo com os dados publicados pelo administrador do mercado de gás natural, BMC, a Colômbia enfrentará um déficit de 76,5 BBTU/d (bilhões de unidades térmicas britânicas por dia) em 2025 e 190 BBTU/d em 2026.

A Terpel disse que está se preparando para reduzir o fornecimento de combustível fóssil para veículos movidos a gás natural (GNVs).

“Certamente haverá um impacto na disponibilidade de gás”, informou Bravo aos investidores em uma teleconferência sobre resultados trimestrais.

“Temos contratos em vigor com preços específicos que nos cobrirão em médio prazo. Mas quando eles expirarem, precisaremos renová-los e permaneceremos atentos [ao mercado] para ver o que precisamos fazer.”

Embora a redução no fornecimento de gás natural possa prejudicar a receita das vendas de combustível GNV, a perspectiva de médio prazo para o GLP é significativamente melhor, de acordo com Bravo.

“O GLP é muito menor, mas estamos vendo como podemos acelerar [o segmento]", avaliou o executivo. "Ele pode ser um substituto não só para o gás natural, mas também para o diesel e a gasolina. Esperamos recuperar um pouco disso [as potenciais perdas do segmento GNV] com o crescimento no setor de GLP.”

De acordo com a associação colombiana de GLP Gasnova, a Colômbia consome, atualmente, cerca de 700 mil toneladas/dia de GLP por ano. A entidade prevê um crescimento anual da demanda entre 1,5% e 1,7%.