Como as redes privadas se tornaram prioridade para a "nova" Oi
A Oi vê oportunidades de investimento na construção e operação de redes privadas para aplicações industriais e governamentais, seja via tecnologia 4G ou 5G.
“Não está só no radar, mas na mesa e sendo executado por nossa equipe, trabalhando com grandes corporações para apoiar a construção e operação de redes privadas”, disse o CEO Rodrigo Abreu (na foto) em evento online promovido pelo BTG Pactual.
A operadora, em processo de reestruturação para tornar-se primariamente uma empresa de infraestrutura de telecomunicações (via fibra e serviços corporativos), tem um projeto de rede privada com base na tecnologia 4G LTE em andamento com o governo do estado da Bahia.
Embora a Oi esteja vendendo sua operação móvel, Abreu disse que muitas dessas redes não operam no espectro licenciado ou podem usar o espectro de forma secundária. Em alguns casos, estes projetos também podem contar com espectro de uso específico, como aqueles voltados para redes de segurança pública.
No caso do projeto da Bahia, é uma rede para a segurança do estado que a Oi está construindo.
Segundo Abreu, está sendo implantada em toda a Bahia uma rede LTE privada que não concorre com a operação móvel própria, a qual a Oi continuará operando até a conclusão da venda.
Abreu disse que a Oi também poderia usar redes de outras operadoras para a prestação de serviços, no modelo MVNO.
“Vemos algumas possibilidades de combinar o uso de frequências de terceiros, mesmo em um [modelo] de infraestrutura de rede neutra móvel que começa a surgir”, disse ele no evento online.
“Mas não há perspectiva de nos tornarmos uma grande operadora de telefonia móvel novamente”, acrescentou o executivo.
A Oi, atualmente a quarta operadora de telefonia móvel no Brasil, está em processo de venda do negócio de telefonia móvel para seus três principais concorrentes: Claro, TIM e Telefônica Brasil.
Abreu disse que está comprovado que um mercado como o Brasil não comporta quatro grandes players no nível nacional.
A venda da Oi Mobile está pendente de aprovação do Cade e da Anatel. Abreu espera que esses acenos ocorram entre o final de janeiro e o início de fevereiro.
As áreas técnicas de ambas as entidades já apoiaram a venda, mas a decisão final está nas mãos de suas diretorias.
Apesar da complexidade do negócio, Abreu disse que a área técnica do Cade não recomendou a imposição de quaisquer condicionantes estruturais à aquisição da Oi por seus rivais.
5G
Embora não tenha participado do recente leilão do 5G, a Oi vê esta tecnologia trazendo oportunidades por meio da demanda por redes de transporte de fibra (backhaul e backbones), além de fibra para conectar antenas móveis.
A Oi desmembrou seu negócio de infraestrutura em uma joint venture com a marca V.tal, formada com recursos vinculados ao próprio BTG Pactual e à Globenet, com vistas a aumentar sua capacidade de investimento em fibra e oferecer serviços de rede de transporte no modelo por atacado.
A fibra passa a ser o foco principal da Oi, que estima que mais de 40 milhões de instalações serão conectadas com fibra no Brasil, com a empresa almejando uma participação no mercado entre 20% e 25%.
“Há um grande número de provedores [de serviços de Internet] que preencheram corretamente a lacuna devido ao atraso das operadoras em conectar áreas menores. Mesmo assim, há um número muito grande de domicílios a serem conectados no Brasil”, disse Abreu.
“Nossa visão é ter de 8 a 9 milhões de usuários de fibra e ser a maior empresa de fibra do país”, disse ele.
A atual líder de mercado é a Telefônica Brasil, com a Oi em segundo lugar.
Os provedores de serviços de Internet (ISPs) vão ocupar parcialmente esse espaço porque haverá um "equilíbrio" entre três grandes operadoras e um ou mais provedores regionais, disse Abreu.
Apesar dos diversos IPOs de ISPs nos últimos meses, o conjunto de recursos captados nesses processos não correspondem a um ano de investimentos da Oi em fibra, segundo o executivo.
"No final das contas, a escala importa para reduzir os custos de rede, conexão, backbone etc."
A expectativa é que a joint venture com a V.tal obtenha todas as liberações regulatórias até o final do 1T22, segundo Abreu. No Brasil, a operação já foi aprovada pelo Cade e aguarda decisão da Anatel.
Devido à incorporação da empresa de cabos submarinos GlobeNet, a V.tal também requer a aprovação do FCC, órgão antitruste dos EUA.
Após as aprovações para a V.tal e para a venda de sua unidade móvel, Abreu espera que a Oi finalmente saia da recuperação judicial no final de março.
O processo de reorganização começou em 2016 devido a uma montanha de dívidas que a empresa havia acumulado.
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