Concedidos contratos de operação do sistema de ônibus de Santiago

Declaração do Ministério dos Transportes e Comunicações

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Um passo fundamental para concretizar a consolidação do novo modelo de transporte público metropolitano foi dado nesta segunda-feira, depois de a Controladoria Geral da República ter tomado conhecimento da adjudicação que licita a concessão de utilização de estradas, que permitirá acrescentar novos serviços e incorporar 1.637 novos ônibus padrão Vermelho, dos quais 991 serão elétricos.

Durante este processo de licitação, que teve início em dezembro de 2020, foram recebidas 16 ofertas que incluíram a participação de três novas empresas internacionais e duas das atuais (Redbus e STP). Em outubro passado, após avaliação das propostas, o MTT preparou o ato de adjudicação que foi enviado à Controladoria Geral da República para decisão, que acaba de ser finalizado.

Desta forma, a empresa Metropol, principal operadora em Buenos Aires, entrará no sistema como um novo player com a adjudicação de duas unidades (U1 e U2) e a operação de 49 serviços. Enquanto isso, a Redbus foi premiada com duas unidades (U4 e U6), com 50 serviços. Por seu lado, a STP foi premiada com a gestão das unidades U3 e U5, com 54 serviços.

O ministro de Transportes e Telecomunicações, José Luis Domínguez, valorizou este novo passo que especifica um dos compromissos assumidos pela pasta durante o governo do Presidente Sebastián Piñera. “Através desta licitação, um total de 1.637 novos ônibus de alto padrão entrarão no sistema, sendo 991 ônibus elétricos. Com isso, Santiago terá uma frota de 1.770 ônibus elétricos, o que permite consolidar-se como a cidade com a maior frota elétrica da América Latina e uma das maiores do mundo. Assim, cumpre-se o compromisso do Ministério dos Transportes e Telecomunicações de avançar em matéria de eletromobilidade”, disse a autoridade.

O novo desenho do transporte público de Santiago contempla 153 novos serviços, o que representa 29% do total do sistema.

Entre os principais atributos deste edital, que contempla novos requisitos e mais ferramentas para garantir um melhor atendimento, destaca-se a redução do tamanho das unidades de atendimento, que, em média, terão 400 ônibus. Isso reduzirá os riscos de interrupção dos serviços de transporte, caso uma empresa apresente problemas operacionais.

Também possui contratos operacionais de prazo mais curto, que oscilarão entre cinco e sete anos (dependendo do percentual de ônibus elétricos na frota), prorrogáveis por até mais cinco anos se forem atendidos determinados padrões de qualidade estabelecidos no contrato.

Para o diretor de Transportes Públicos Metropolitanos, Carlos Orellana, outro benefício desse processo é que vai renovar a cara do transporte público, consolidando uma frota sustentável, amiga da cidade e do meio ambiente, com menor custo para o Sistema. “Com esta licitação vamos promover a eletromobilidade, sendo que para aquelas concessionárias cujos contratos contemplam mais de 50% dos ônibus da frota com tecnologia elétrica, o prazo será de sete anos, podendo ser prorrogado por até sete anos adicionais, sempre atendendo os parâmetros de qualidade estabelecidos”, indicou.

Em relação às características dos novos veículos, foi definido um novo padrão para a frota que melhora a experiência de viagem do usuário e as condições para os motoristas. Por isso, aumentam-se o wi-fi gratuito, as portas USB para carregar celulares durante o trajeto, o ar-condicionado e as demandas de design interno e externo do ônibus. São estabelecidas condições específicas de segurança para o motorista, como a exigência de cabine de segurança e assentos acolchoados, câmeras de segurança internas e externas a bordo do ônibus, sistemas de detecção de proximidade de objetos para evitar atropelamentos e colisões, telas internas para exibir informações de viagem, e sistemas de qualidade de condução.

Quanto aos próximos passos, o ministro Domínguez indicou que o contrato de exploração das estradas será assinado com cada uma das empresas e depois serão emitidas as encomendas de Fornecimento de Autocarros para a sua fabricação, que deverá entrar no sistema dentro de nove meses.