Crescimento do PIB na América Latina: o que o FMI espera para 2022 e 2023

O Fundo Monetário Internacional elevou sua projeção de crescimento para a América Latina e o Caribe em 2022.

No relatório World Economic Outlook, a nova previsão do FMI é que o PIB da região crescerá 3% este ano, em comparação com a previsão de 2,5% divulgada em abril.

A revisão para cima deve-se ao desempenho esperado de grandes economias como Brasil, México, Colômbia e Chile.

Para 2023, o credor multilateral reduziu sua projeção de crescimento de 3% para 2%.

“Para este ano, as estimativas do FMI agora estão mais alinhadas com o que os economistas já esperavam para a economia da região. No entanto, a preocupação agora é com o desempenho regional em 2023, já que uma desaceleração mais forte é esperada nos EUA e nos países da Europa, e isso pode ter efeitos importantes na região”, disse à BNamericas Alex Agostini, economista-chefe da agência brasileira de classificação de risco Austin Rating.

“A notícia potencialmente boa sobre o próximo ano é que a economia da China pode crescer mais do que este ano, um elemento importante para as commodities latino-americanas”, acrescentou Agostini.

Para a economia brasileira, o FMI prevê um crescimento de 1,7% e 1,1% em 2022 e 2023, respectivamente, em comparação com as previsões anteriores de 0,8% e 1,4%.

Já para a segunda maior economia da região, o México, as projeções agora são de 2,4% e 1,2% na mesma comparação, ante 2% e 2,5% em abril.

Não foram divulgadas previsões individuais para a Colômbia e o Chile.

Citando os efeitos das pressões inflacionárias e do aumento das taxas de juros, o FMI baixou suas estimativas de PIB para a economia global para 3,2% este ano e 2,9% em 2023, contra a previsão anterior de 3,6% para os dois anos.