Data Insights: a carteira de US$ 170 bi em projetos solares na América Latina

O portfólio de projetos de energia solar da América Latina ultrapassou US$ 170 bilhões, à medida que os desenvolvedores intensificam os planos de transição para energia limpa, de acordo com dados da BNamericas.

Cerca de 6.222 empreendimentos com despesas de capital previstas de US$ 120 bilhões estão em estágio inicial de obras, enquanto 433 iniciativas no valor de US$ 10,3 bilhões estão em construção.

Outros 734 projetos, totalizando US$ 42,9 bilhões em investimentos, estão em operação.

O Brasil tem a maior participação de projetos, com 5.533, seguido por Chile (1.102), Colômbia (252), México (171) e Peru (85).

Os quatro principais desenvolvedores, por quantidade de projetos, são todos baseados no Brasil: Pacto Energia (174), Omega Energia (115), SRE Participações (71) e Shell Brasil (57).

Segundo a ferramenta Forecast, da BNamericas, espera-se que 139 projetos avancem para outro estágio de desenvolvimento no terceiro trimestre deste ano, enquanto 312 deverão avançar no quarto trimestre.

Outras 239 iniciativas estão programadas para avançar no primeiro semestre de 2025.

O projeto Pampas, da Fortescue Future Industries, localizado na província argentina de Río Negro, é o maior empreendimento em termos de investimento, com previsão de US$ 8,4 bilhões – a iniciativa prevê a produção de hidrogênio verde a partir de energia solar e eólica.

Em seguida vem o hub de energia Hoasis, da TCI Chile, avaliado em US$ 3 bilhões, e mais dois projetos chilenos pertencentes à Andes Green Company: o complexo Seongnam, de US$ 2,8 bilhões, na região de Antofagasta, e a planta Ghungnam KCS, também de US$ 2,8 bilhões, em Tarapacá.

O próximo é o projeto homônimo de US$ 2,5 bilhões da Volta Hidrógeno, no Chile, a usina solar concentrada de US$ 1,8 bilhão da Likana Solar, também no Chile, e o Complexo Fotovoltaico São Fernando, no Rio Grande do Norte, estimado em US$ 1,6 bilhão.