De olho no setor de energia do México: desdobramentos da disputa do USMCA e Secretaria de Energia do estado de Tamaulipas

A Secretaria da Economia do México pretende resolver uma disputa relacionada ao acordo de livre comércio UMSCA em um futuro próximo.

A disputa, que foi iniciada pelos EUA em julho, com a entrada do Canadá logo em seguida, refere-se a mudanças regulatórias e legislativas realizadas pelo governo mexicano nos últimos quatro anos em uma tentativa de fortalecer a concessionária de energia federal CFE e a petroleira nacional Pemex. Os dois países argumentam que essas políticas prejudicaram empresas norte-americanas e canadenses que operam no México.

Nesta quarta-feira (7), a secretária da Economia do México, Raquel Buenrostro, afirmou que sua equipe apresentou ao governo dos EUA um roteiro para chegar a um acordo antes da cúpula de líderes da América do Norte, que deve começar em 9 de janeiro na Cidade do México.

“Apresentamos um plano para tentar resolver tudo em janeiro, estamos aguardando o retorno deles sobre a proposta apresentada”, disse Buenrostro.

“Queremos resolver o mais rápido possível a questão energética, porque isso gera muita incerteza para o investimento”, pontuou.

Os EUA e o Canadá poderiam ter exigido a criação de um painel desde 3 de outubro, mas decidiram estender as negociações preliminares na tentativa de chegar a um acordo. As autoridades do México também indicaram um avanço nas negociações diretas com os atores privados afetados.

***

O estado de Tamaulipas quer aumentar sua atratividade para investimentos em energia por meio da criação de uma nova secretaria estadual.

A comissão de energia existente será promovida a ao status de secretaria, disse um representante do estado à agência de notícias local Energía a Debate. A pasta se concentrará em investimentos público-privados para promover a sustentabilidade e a transição energética.

Tamaulipas está investindo no aumento de sua capacidade de transmissão para transferir o excesso de energia que produz para os estados vizinhos, como San Luis Potosí e Nuevo León. Atualmente, os obstáculos relacionados à transmissão estão reprimindo o desenvolvimento de novos projetos renováveis, de acordo com o governo do estado.