De olho no setor de financiamento: recursos do BNDES, hub da Intelbras, crescimento da Prometeo e estatísticas de transações

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) aprovou um financiamento de R$ 31 milhões (US$ 5,4 milhões) para a fabricante de IoT Constanta desenvolver sensores inteligentes para iluminação pública, saneamento, gás e agronegócio.

Os recursos serão provenientes do Fundo para o Desenvolvimento Tecnológico das Telecomunicações (Funttel), administrado pelo banco de desenvolvimento.

A Constanta utilizará os recursos para modernizar e aumentar a produção em suas fábricas de Atibaia e Manaus. Os recursos do BNDES representam cerca de 70% do capex do projeto, avaliado em R$ 44,5 milhões.

INTELBRAS INVESTE NA EXPANSÃO DO CENTRO

Também no Brasil, a fabricante de eletrônicos Intelbras investiu R$ 120 milhões em um novo centro de distribuição localizado em São José, Santa Catarina.

Com 43 mil m² de área, o local está situado próximo à fábrica da empresa, Segundo a Intelbras, a expansão é essencial para absorver novas demandas do mercado, especialmente do setor de energia.

A empresa também planeja aumentar seu quadro de funcionários em cerca de 15% até o final do ano. Atualmente, a Intelbras conta com mais de 5 mil colaboradores.

PLANOS DA PROMETEO APÓS FINANCIAMENTO

A fornecedora uruguaia de soluções de pagamento Prometeo planeja expandir seus negócios na Argentina, Peru, Panamá e República Dominicana, entre outros, e triplicar suas operações na América Latina após uma rodada A de US$ 13 milhões, encerrada em janeiro deste ano.

Desde o investimento, a empresa lançou operações nos Estados Unidos e disse ter aumentado o número de clientes e o volume de transações, mas não forneceu números específicos.

A Prometeo informou que ampliou sua força de trabalho em 20% com novas contratações nas áreas de vendas, tecnologia e compliance no Uruguai, Venezuela, Brasil, México e Argentina.

TRANSAÇÕES NA COLÔMBIA, ARGENTINA, CHILE E PERU

Na Colômbia, foram registradas 124 transações, entre fusões e aquisições, capital de risco, aquisições de ativos e transações de private equity, com um valor total divulgado de US$ 2,26 bilhões no primeiro semestre do ano.

Os números caíram 9,7% e 8,1% em relação ao ano anterior, respectivamente, de acordo com uma análise por país da TTR. A TTR já havia publicado um relatório sobre a América Latina e análises específicas para o Brasil e o México cobrindo o período.

O segmento de software foi o mais ativo na Colômbia, com um total de 21 transações, seguido pela indústria alimentícia, com oito.

Argentina

Na Argentina, a TTR mapeou 84 transações que somaram quase US$ 3,1 bilhões no primeiro semestre, uma queda de 23% mas um aumento de 213%, respectivamente.

Segundo a TTR, o capital de risco mobilizado aumentou 41%.

Assim como na Colômbia, o software liderou o número de transações, com 18 negócios, registrando um crescimento de 13%.

Chile

O país registrou 138 transações totalizando US$ 3,78 bilhões nos primeiros seis meses, uma queda de 37% e 61% em relação ao ano anterior, segundo a TTR.

O segmento de software liderou com 20 transações, e a TTR destacou o crescimento nas aquisições de ativos, com um aumento de 13% nos negócios no período.

Peru

Por fim, o Peru registrou 63 transações no primeiro semestre e um valor agregado divulgado de US$ 1,46 bilhão – quedas de 11,3% e 65%.

O número de negócios no segmento de software cresceu 50%, totalizando nove transações.

Os Estados Unidos, Chile e Canadá foram os três principais mercados em transações de entrada no Peru. As empresas peruanas, por sua vez, direcionaram principalmente para o Chile, Equador e EUA, de acordo com a TTR.