De olho no setor de hidrocarbonetos do Cone Sul

A província argentina de Mendoza planeja oferecer 12 áreas de hidrocarbonetos este ano em um novo modelo de leilões contínuos.

O diretor provincial de hidrocarbonetos, Estanislao Schilardi, disse que as regras associadas foram ajustadas para ajudar a estimular o investimento.

Como parte das mudanças, os pagamentos de royalties para receitas extraordinárias e o conceito de pagamentos de royalties para produção extraordinária foram descartados, deixando em vigor uma taxa de 12% estabelecida por lei.

A província planeja oferecer licenças de exploração para as seguintes áreas: Boleadero, Bajada del Chachahuén, Chachahuén Norte, CN-V, Loma El Divisadero, Malargüe, Payún Oeste, Ranquil Norte, Zampal, Calmuco e Sierra Azul Sur. Os direitos de extração devem ser leiloados para Puesto Molina Norte.

Em 2021 e 2022, a província conseguiu achatar uma curva de declínio da produção observada entre 2018 e 2020, disse o governo provincial em comunicado, citando o impacto de medidas como um programa de promoção de investimentos.

Com base nos dados de novembro de 2022 do departamento argentino de energia, Mendoza é a quarta maior província produtora de petróleo da Argentina, depois de Neuquén, Chubut e Santa Cruz. Em termos de gás, Mendoza ocupa a oitava posição, depois de Neuquén, território offshore do governo federal, Santa Cruz, Terra do Fogo, Chubut, Rio Negro e Salta.

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Em notícias argentinas relacionadas, organizações ambientais apresentaram um novo desafio legal contra a exploração de hidrocarbonetos na costa da província de Buenos Aires, informou a mídia local EconoJournal.

A notícia vem depois que um tribunal suspendeu uma liminar original em dezembro, a qual autorizou o início dos trabalhos nas áreas da bacia Argentina Norte CAN-108, CAN-100 e CAN-114.

A unidade local da norueguesa Equinor pretende realizar uma análise sísmica nos blocos CAN-100, CAN-114, CAN-108 e perfurar um poço exploratório no bloco CAN-100.

CAN-100 é de propriedade conjunta da Equinor, da petrolífera estatal argentina YPF e da empresa anglo-holandesa Shell. CAN-108 é detido pela Equinor e CAN-114 da Equinor e YPF.

Dado o novo obstáculo legal, YPF e Equinor estão avaliando se adiam o início do trabalho de exploração até setembro, informou o EconoJournal.

Em outro lugar no mapa de exploração offshore, um processo de consulta pública foi lançado no ano passado para a perfuração, bem como para uma anáise sísmica 3D no bloco da bacia CAN-102, realizado em conjunto pela Equinor e YPF.

Hidrocarbonetos, principalmente gás, são produzidos atualmente no mar da província de Terra do Fogo, na bacia Austral.

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A britânica Challenger Energy afirmou que os planos de buscar um parceiro de farm-in para a área OFF-1, no offshore uruguaio, permanecem em vigor.

O período de exploração de quatro anos do Challenger na área começou em agosto de 2022.

A empresa disse que este ano, além de avançar no processo de farm-in, planeja “concluir substancialmente todo o trabalho necessário no primeiro semestre de 2023, bem antes do previsto”. O trabalho inclui reprocessamento e interpretação de dados sísmicos 2D.

No primeiro semestre de 2022, a Challenger obteve uma licença de 30 anos para o OFF-1.

Na primeira rodada aberta de 2022, a empresa estatal de hidrocarbonetos Ancap concedeu área ao player americano APA (OFF-6) e Shell (OFF-2 e OFF-7). Na segunda rodada aberta de 2022, um consórcio APA-Shell foi premiado com OFF-4 e YPF OFF-5.

Apenas uma das sete áreas offshore, OFF-3, ainda está disponível.

A exploração offshore no Uruguai ganhou ritmo em 2016 com a francesa TotalEnergies perfurando o primeiro poço em cerca de 40 anos. Shows de petróleo e gás foram relatados, mas nenhuma descoberta comercial foi feita ainda.