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Destaque: o boom das concessões rodoviárias no Brasil

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Destaque: o boom das concessões rodoviárias no Brasil

A extensão total de rodovias brasileiras sob concessão deve mais do que dobrar nos próximos cinco anos, em grande parte devido às melhorias na regulamentação do setor e outros fatores.

Hoje, 26.700 km de rodovias do Brasil são operados por meio de contratos de concessão assinados com empresas do setor privado. Esse número deve ter um aumento de mais 30.000 km, segundo a Associação Brasileira de Concessionárias de Rodovias (ABCR).

Para fins de comparação, a associação havia projetado anteriormente que a extensão combinada de concessões rodoviárias aumentaria entre 26.000 e 27.000 km.

“Eu diria que temos hoje a melhor equipe de todos os tempos na ANTT, com abertura para o diálogo e visão técnica e pragmática na busca por soluções para qualquer tipo de questão contratual. Poderíamos exportar a regulamentação que temos para o setor rodoviário do Brasil”, comentou o diretor-presidente da ABCR, Marco Aurélio Barcelos, durante um evento da associação realizado nesta quarta-feira (10).

As concessionárias de rodovias planejam aumentar seus investimentos nos próximos anos por conta da extensa lista de projetos assumidos pelas empresas nos últimos anos e considerando os novos contratos que podem ser assumidos, segundo Barcelos.

O capex das operadoras de rodovias no Brasil atingiu R$ 9,5 bilhões (US$ 1,91 bilhão) em 2022, ante R$ 6,8 bilhões em 2021. A ABCR prevê que o segmento terá R$ 108 bilhões em investimentos nos próximos 10 anos.

O presidente da ABCR também destacou a importância desses investimentos da iniciativa privada em um momento em que o governo federal também tenta aumentar o investimento público em infraestrutura.

“O investimento público é sempre importante e bem-vindo, mas a história mostra que ele não é sustentável, já que sempre é revisto, ano após ano, devido às restrições orçamentarias do governo”, apontou Barcelos.

Nos próximos anos, o setor rodoviário será uma das áreas da infraestrutura do Brasil com maior potencial de atração de investimentos, ao lado da indústria de saneamento.

“Quem quer investir em infraestrutura no Brasil tem que olhar para o setor rodoviário. Temos uma regulamentação robusta que ainda não está tão consolidada em outros setores, como no saneamento, por exemplo”, disse Barcelos.

No entanto, os planos do governo federal de aumentar os investimentos públicos em infraestrutura, combinados com obras da iniciativa privada, podem gerar alguns gargalos.

“Temos um bom problema no momento, que é o acúmulo de investimentos planejados dos setores público e privado, mas é um problema que precisamos enfrentar. Temos uma indústria de base, uma cadeia de suprimentos e empresas de engenharia suficientes para dar conta das exigências dos projetos?”, questionou.

PROJETOS

Os projetos de concessões rodoviárias mais avançados, previstos para serem oferecidos ainda este ano, incluem rodovias no estado do Paraná, além das concessões das rodovias BR-040 e BR-381.

No início deste mês, o estado do Paraná e o governo federal concordaram em avançar com um pacote de concessões rodoviárias de R$ 50 bilhões, cujos dois primeiros lotes envolvem investimentos de R$ 19 bilhões.

O governo federal foi incluído nas negociações porque 65% do pacote envolve rodovias federais.

O pacote é formado por seis lotes, com estradas que totalizam 3.300 km e ligam o Porto de Paranaguá, a cidade de Curitiba, outros 29 municípios, o oeste e o norte do estado e a Ponte da Amizade, na fronteira com o Paraguai. Este pacote é um dos maiores em preparação e prevê a construção de novas faixas, pontes e outras obras.

O edital dos dois primeiros lotes será publicado no dia 16 de maio e os leilões para cada contrato estão marcados para 24 de agosto e 16 de setembro, mas essas datas ainda estão sujeitas a alterações.

Enquanto isso, está prevista a concessão da BR-040, que liga a cidade do Rio de Janeiro à capital mineira Belo Horizonte, bem como o processo relativo à BR-381, que liga Belo Horizonte a Governador Valadares, em Minas Gerais.

NOVOS PARTICIPANTES

Esse pipeline de concessões pode atrair novos players para o setor rodoviário.

“Estamos avaliando com interesse todos os leilões de rodovias que ocorrerão nos próximos trimestres e vimos que também há outras empresas interessadas nestes ativos, inclusive empresas que ainda não estão presentes no setor no Brasil”, disse Marcello Guidotti, CEO da operadora de rodovias Ecorodovias Infraestrutura e Logística durante uma teleconferência com analistas.

Apesar de apontar isso, o executivo se recusou a citar os nomes de possíveis novos players do setor.

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