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Destaque: o setor aeroportuário do Brasil pode proteger as operadoras de aeroportos internacionais?

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Destaque: o setor aeroportuário do Brasil pode proteger as operadoras de aeroportos internacionais?

O conflito entre Rússia e Ucrânia pode afetar a atratividade dos ativos aeroportuários brasileiros, já que os players internacionais podem considerar o setor de aeroportos domésticos como uma proteção (hedge) para suas operações em outros lugares.

“Os leilões de concessões aeroportuárias previstos para este ano no Brasil estão vinculados a ativos que atendem voos domésticos, que provavelmente não serão afetados pelo conflito na Europa. Esse fato pode gerar mais interesse das operadoras internacionais, pois o Brasil está longe do conflito e pode ser um hedge natural para essas operadoras”, disse Adriano Pinho, sócio da consultoria financeira Vallya e ex-CEO da operadora de concessões aeroportuárias BH Airport, à BNamericas.

Entre as empresas aeroportuárias com operações existentes no Brasil e interesse em ativos domésticos estão a espanhola Aena, a operadora alemã Fraport, a Zurich Airport e a empresa francesa Vinci Airports.

“É claro que a extensão do conflito pode gerar um impacto financeiro para as operações das empresas europeias, mas, neste primeiro momento, acredito que elas estejam olhando com ainda mais interesse para o setor no Brasil, já que o volume de viagens domésticas tende a aumentar nos próximos meses”, apontou Pinho.

Durante o primeiro semestre deste ano, o governo planeja lançar leilões para a concessão de 15 aeroportos, todos focados em voos domésticos, com investimentos privados associados de R$ 7,3 bilhões (US$ 1,4 bilhão).

Os aeroportos serão oferecidos em três blocos, combinando terminais mais rentáveis com outros menos rentáveis.

Mesmo antes do conflito, o setor aeroportuário enfrentava grandes desafios devido aos impactos persistentes da Covid-19.

O número de passageiros transportados pelos aeroportos do país em voos domésticos totalizou 7,47 milhões em janeiro, contra 7,75 milhões em dezembro, segundo a ANAC. O número de passageiros em janeiro também ficou bem abaixo dos 9,3 milhões registrados em janeiro de 2020, antes do setor ser atingido pela pandemia.

“O volume de voos domésticos no Brasil foi fraco em janeiro, não por causa da redução do volume de passageiros, mas porque o avanço da variante ômicron do vírus entre os funcionários das companhias aéreas causou redução nos voos disponíveis. Já estamos vendo uma queda nos casos da ômicron e em março provavelmente teremos um retorno mais forte dos voos domésticos”, afirmou Pinho.

O volume de passageiros em voos internacionais atingiu 1,01 milhão em janeiro, ligeiramente acima do volume de dezembro, mas ainda menos da metade dos 2,27 milhões de passageiros transportados em janeiro de 2020, antes da pandemia.

ISENÇÃO DE IMPOSTOS

Antecipando um cenário mais difícil para sua agenda de infraestrutura, considerando a escalada das tensões na Europa, nos próximos dias o governo brasileiro planeja anunciar uma isenção de impostos para investidores estrangeiros adquirirem títulos emitidos por empresas brasileiras, medida que deve atrair mais players internacionais para investir em empresas locais, aumentando, assim, a capacidade dessas empresas para avaliar as concessões.

“As empresas privadas precisam de financiamento barato. No passado, quando o governo era o condutor [de investimentos], demos isenção fiscal para investidores estrangeiros comprarem títulos [ligados ao governo]. Agora que o condutor é o investimento privado, precisamos dar a mesma isenção. Então estaremos removendo impostos em investimentos estrangeiros em títulos privados. Deveremos anunciar isso na semana que vem”, disse o ministro da Economia, Paulo Guedes, em entrevista ao jornal Folha de S. Paulo.

Atualmente, os investidores internacionais pagam imposto de 15% sobre a emissões de títulos por empresas brasileiras. A isenção provavelmente levará a uma perda de cerca de R$ 450 milhões (US$ 87 milhões) por ano em receitas fiscais.

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