Destaque: panorama do mercado de telecomunicações do Panamá

As operadoras de telecomunicações do Panamá aumentaram seus investimentos combinados em 2,81% no ano passado, para US$ 276 milhões, segundo dados preliminares da autoridade de serviços públicos Asep.

O regulador ainda não divulgou os números consolidados de 2022 para o setor.

A receita das operadoras foi de US$ 1.15 bilhões, alta de 3,34% em relação a 2021, informou a imprensa local, citando dados da Asep.

Em uma apresentação à Assembleia Nacional na última terça-feira (3), o presidente Laurentino Cortizo afirmou que o setor de comunicações foi um dos motores do crescimento econômico do ano passado, juntamente com comércio, construção e transporte.

CONSOLIDAÇÃO

Como resultado de fusões e aquisições dos últimos anos, apenas três empresas operam no mercado: Cable & Wireless Panama (CWP), Millicom e Digicel.

A gigante espanhola Telefónica vendeu suas operações locais para a Millicom em 2019. Em junho do ano passado, a CWP, da Liberty Latin America, foi autorizada a comprar a Claro Panama, da América Móvil, por US$ 200 milhões. O governo detém uma participação de 49% na CWP.  

A Digicel anunciou em abril a decisão de pedir o encerramento voluntário de sua concessão, argumentando que a consolidação do mercado havia impossibilitado a competição.

A mudança gerou uma intervenção da Asep, que em agosto foi prorrogada por 180 dias.

No mês passado, o governo aprovou o término da concessão da Digicel, dando tempo à Asep para trabalhar em um novo edital de concessão.

De acordo com uma lei de 2018, o mercado local deve ter pelo menos três empresas com concessões para oferecer serviços de telefonia móvel.

Periódicos locais noticiaram que a Asep recebeu manifestações de interesse na concessão de grupos de telecomunicações europeus, norte-americanos e latino-americanos.

O Panamá tinha cerca de 6,9 milhões de acessos móveis no final do ano passado, em comparação com 6,42 milhões no final de 2021. As redes móveis atendem cerca de 96% da população.