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DigitalBridge ainda vê oportunidades de investimentos na América Latina

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DigitalBridge ainda vê oportunidades de investimentos na América Latina

A DigitalBridge continua otimista em relação às novas oportunidades de financiamento e investimento na América Latina, sobretudo em segmentos com crescimento rápido, como os datacenters, à medida que continua arrecadando recursos para um novo fundo.

O grupo norte-americano focado em infraestruturas digitais acaba de encerrar o primeiro fechamento do seu terceiro fundo, levantando US$ 2,3 bilhões. O CEO Marc Ganzi afirmou que uma quantidade considerável de dinheiro deve fluir para a região. 

“Construímos um Fundo I e um Fundo II realmente bons e diversificados. Fizemos de 10 a 13 investimentos”, disse Ganzi aos investidores em uma teleconferência de resultados.

“Neste novo fundo, a mesma coisa. Nossa meta é de 12 a 16 investimentos. Estamos muito positivos em relação à Ásia e um pouco menos positivos em relação à Europa. Com certeza, estamos positivos em relação aos EUA, ao Canadá e à América Latina”, disse ele, acrescentando que “há algumas coisas interessantes na América Latina”.

O grupo deve começar a atuar mais ativamente com investimentos no segundo semestre de 2024 e, até lá, continuará desenvolvendo o fundo. A meta é arrecadar US$ 8 bilhões, mas Ganzi acredita que pode até ultrapassar esse valor.

Entre janeiro e setembro, o grupo também afirmou ter levantado US$ 5,4 bilhões em novo capital.

Apesar do horizonte de 2024 para o Fundo III, a DigitalBridge ainda planeja anunciar novos negócios neste trimestre. De acordo com Ganzi, a empresa está monitorando mais de US$ 30 milhões “de novas ideias no nosso pipeline”.

Os datacenters, que constituem a maior parte do portfólio da DigitalBridge, lideraram mais uma vez o crescimento da receita do grupo entre julho e setembro.

Na América Latina, a operação de datacenters do grupo está concentrada na empresa brasileira de hiperescala Scala, que possui datacenters e projetos no Brasil, México, Chile e Colômbia.

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As outras empresas latino-americanas do portfólio são a torreira Highline, com sede no Brasil, o grupo chileno de fibra Mundo, e as torreiras Mexico Tower Partners e Andean Tower Partners.

A DigitalBridge lista a Scala como tendo seis datacenters de hiperescala na América Latina, de acordo com uma atualização sobre a composição do portfólio divulgada no final de março.

A Highline tinha aproximadamente 3.000 sites ativos na região, de um total aproximado de 5.500 sites, incluindo aqueles que não eram de propriedade total e alguns micro datacenters e sites de IoT.

“Sites ativos” representam sites próprios e outros sites geradores de receita, enquanto a categoria “sites totais” inclui outras estruturas nas quais a empresa possui direitos de comercialização ou gerenciamento, explicou a DigitalBridge.

Enquanto isso, a Mundo tinha cerca de 3,9 milhões de casas passadas com fibra no Chile e 829.000 assinantes de fibra.

A Mexico Tower Partners (MTP) encerrou março com 2.800 sites ativos de um total de 3.100 no país, enquanto a Andean Telecom Partners (ATP) tinha 3.500 sites ativos de um total de 40.000.

O portfólio de sites próprios e administrados da ATP abrange Colômbia, Peru, Chile e Equador.

A Zayo, especialista em redes de fibra de longa distância dos EUA, que também possui redes dentro e fora do México e do Brasil, tinha 225.000 km de redes implantadas e cerca de 400 mercados atendidos no final de março.

Enquanto isso, a torreira VerticalBridge, dos Estados Unidos, cuja infraestrutura também está implantada em Porto Rico, tinha 8.400 sites ativos de um portfólio de 670.000 sites gerenciados.

RESULTADOS

No geral, a DigitalBridge registrou receita de US$ 477 milhões no trimestre, um aumento de 17% em relação ao ano anterior, e conseguiu transformar um prejuízo de US$ 120 milhões no terceiro trimestre de 2022 em um lucro de US$ 278 milhões no mesmo período de 2023.

A DigitalBridge encerrou setembro com US$ 74,6 bilhões em ativos sob gestão, considerando todas as suas empresas e investidas, um aumento de US$ 24,3 bilhões em um ano.

As receitas recorrentes mensais (MRR) cresceram em todas as verticais, segundo a empresa, lideradas pelos datacenters (aumento de 20,5% ano a ano). A empresa define MRR como receita de serviços contínuos, geralmente com preço fixo e contratados por mais de 30 dias.

“A demanda por cargas de trabalho de IA continua alta, com expectativa de locação elevada para 2024. Os preços permanecem firmes, à medida que as empresas reconhecem cada vez mais que o estoque está diminuindo”, disse a empresa em seu relatório de resultados.

Apesar do aumento nas receitas dos datacenters, a DigitalBridge encerrou setembro com menos datacenters, chegando a 78 após a desconsolidação de cinco sites pela Databank.

A DigitalBridge também registrou crescimento de 10% de MRR em fibra, seguida por torres (6,6%) e small cells/borda (5,5%).

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