El Salvador planeja licitações para usinas de dessalinização

El Salvador está preparando licitações para usinas de dessalinização que o governo Nayib Bukele prometeu em 2021.

A construção começou no departamento de La Libertad, mas está paralisada há meses, segundo o jornal La Prensa Gráfica. A construção de outra usina, na praia de Las Hojas (foto), departamento de La Paz, foi anunciada em maio, mas também parece estar parada.

Moradores disseram ao La Prensa Gráfica que poços foram cavados. O presidente da autoridade salvadorenha de água, Rubén Alemán, foi citado em um relatório separado dizendo que os poços nas praias de El Majahual e San Diego em La Libertad e em Las Hojas foram exploratórios para analisar a qualidade e o fluxo da água e determinar o equipamento necessário para o tratamento. Os resultados das análises não foram publicados.

“Em breve anunciaremos o estado atual dos três projetos. Temos toda a ciência para determinar os equipamentos eletromecânicos que devemos usar antes da dessalinização e, nos próximos dias, anunciaremos as licitações para esses projetos”, disse.

“Você não precisa necessariamente estar no local […], você precisa das bases científicas para avançar. Avançamos, e o fato de não estarmos [nos canteiros de obras] não significa que não estejamos fazendo nada”, declarou ele ao La Prensa Gráfica.

No entanto, Alemán também havia anunciado licitações para as usinas de La Libertad em setembro de 2022. O site de compras Comprasal não tem registros das licitações ou instalações.

Os recursos devem vir do Banco Centro-Americano de Integração Econômica e do governo espanhol.

A única usina de dessalinização de El Salvador está operando em Madre Sal, departamento de Usulután.

ONGs locais como a Unes se opõem às usinas de dessalinização se houver alternativas disponíveis.

“Se houver outras fontes de água, é preferível ver se podem ser combinadas, gerar água por meio de captação ou outras possibilidades”, afirmou Ralf Schillinger, especialista em hidrologia da Unes, segundo o La Prensa Gráfica. Schillinger explicou que o investimento por litro e o alto consumo de energia estão tornando as usinas ineficientes.

Fonte da foto: Anda