Eldorado do Sul, no RS, sanciona PL que viabiliza megacomplexo de datacenters da Scala

A cidade gaúcha de Eldorado do Sul aprovou uma legislação que altera o zoneamento urbano e agiliza os procedimentos de licenciamento para viabilizar o megacomplexo da Scala Data Centers na região.

O projeto de lei municipal foi aprovado em 3 de dezembro e sancionado na quarta-feira (18).

Conforme relatado pela BNamericas, o investimento inicial da empresa na chamada Scala AI City será de R$ 3 bilhões (US$ 490 mi) para uma capacidade de 54 MW, e o projeto deverá gerar mais de 3 mil empregos diretos e indiretos.

Com o tempo, os investimentos no complexo podem chegar a US$ 50 bilhões e espera-se que todo o campus tenha capacidade de 4,75 GW assim que todas as fases de expansão forem concluídas. O campus de múltiplos edifícios deverá se tornar um dos maiores do hemisfério sul.

A Lei Municipal 5.949/2024 amplia o perímetro urbano para incluir a área destinada à construção do local, além de simplificar os trâmites burocráticos.

As autoridades municipais se comprometeram a apoiar potenciais fornecedores na cadeia produtiva do projeto, a promover o alinhamento com as diretrizes estratégicas locais e, com o apoio do governo estadual, a auxiliar os órgãos municipais quanto ao licenciamento e análise do projeto.

ENERGIA EÓLICA

Para Eldorado do Sul e o Rio Grande do Sul como um todo, a instalação do campus também terá impactos econômicos positivos em outras áreas, como energia eólica.

“Isso pode acelerar ainda mais a implantação de parques eólicos, o que para o Estado também é importante, porque é um investimento que acontecerá aqui para gerar energia e atender essa demanda que vai aumentar com o avanço do projeto da Scala”, disse Ernani Polo, secretário de Desenvolvimento Econômico do Rio Grande do Sul, à Secretaria de Comunicação do estado.

Segundo o governo gaúcho, já há empresas do setor em contato com a Scala demonstrando interesse em fornecer energias renováveis.

Em agosto, a Scala anunciou um investimento na Serena Energia, visando o fornecimento de fontes eólicas para os projetos da empresa. As duas operações Serena investidas pela Scala são Assuruá 4 Subholding II Energia e VDB (Ventos da Bahia) F3 Geração de Energia – ambas na Bahia.