Em volume, pedidos de exportação de petróleo e refinados aumentaram em dezembro na Argentina

Vinte e sete pedidos de autorização de exportação de petróleo bruto e derivados foram publicados na Argentina em dezembro, quantia abaixo das 37 do ano anterior.

O volume associado foi de 944.230 m³, em comparação com 809.200 m³ em dezembro de 2023.

Foram publicadas solicitações de 22 empresas, abaixo das 25 anteriores. A maior parte das solicitações publicadas em dezembro são para períodos de aproximadamente 30 dias entre janeiro e março.

O governo argentino afrouxou o controle estatal sobre o setor de hidrocarbonetos, mas mantém poderes para garantir que a demanda local seja atendida, conforme detalhado na legislação secundária emitida para orientar a implementação do marco regulatório.

A nova legislação envolve a entrada em vigor de um decreto de 2013 que concede benefícios cambiais para empresas que investiram acima de um certo limite na formação de xisto de Vaca Muerta. O Decreto nº 929 incentiva os investimentos ao permitir exportações e prometer impostos de retenção zero e acesso a uma porcentagem da renda líquida em moeda forte livre de controles cambiais, conforme explicou à BNamericas em coluna do convidado Francisco Romano, advogado especializado hidrocarbonetos. O decreto estabelece que os lucros de 20% da produção poderão ser livremente trocados por dólares.

A demanda doméstica por petróleo bruto leve é atendida. A Argentina importa alguns tipos de gasolina e diesel.

De acordo com dados do think tank de energia do instituto General Mosconi, as exportações de petróleo da Argentina foram de 583.600 m³ em outubro, para uma queda interanual de 12,2%. Naquele mês, a Argentina importou 56.600 m³ de diesel e 47.000 m³ de gasolina – queda de 74,5% e 65,4%, respectivamente.

A produção argentina de petróleo foi de 118.100 m³/d em outubro, alta de 12,2% ano a ano. O crescimento da produção não convencional de 29,5%, para 67.800 m³, compensou um declínio de 4,9% na produção convencional, para 50.300 m³. O mercado de exportação e uma expansão do midstream estão estimulando o crescimento da produção.

A maior parte do investimento em upstream está sendo investido em Vaca Muerta, localizada principalmente na província de Neuquén.

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Em outros desenvolvimentos do setor de hidrocarbonetos, CGC e VenOil Energía chegaram a um acordo preliminar segundo o qual a primeira cederá à segunda os ativos maduros da província de Mendoza, Piedras Coloradas e Cacheuta.

O governo provincial de Mendoza precisa autorizar a transferência da área da Bacia de Cuyana, cujas licenças devem expirar em 2025 e 2026, respectivamente. Uma decisão de extensão da concessão também está pendente.

A produção combinada é de cerca de 200 m³/d (1.258 b/d). A VenOil apresentou um plano de investimento.

A CGC está redirecionando dinheiro na formação de Palmero Aike, localizada no trecho da Bacia Austral pertencente à província de Santa Cruz, considerada como detentora de potencial de produção de hidrocarbonetos não convencionais. Palermo Aike cobre uma área de aproximadamente 12.600 km² e pode hospedar 10 Bboe (bilhões de barris de óleo equivalente), cerca de um terço dos recursos estimados em Vaca Muerta.

Enquanto isso, na província de Mendoza, a PCR se comprometeu a investir US$ 20 milhões, quantia que pode aumentar dependendo dos resultados da exploração.

Já a Capex revelou que planeja investir US$ 200 milhões este ano na província de Chubut, segundo a Eolo Media. A empresa pretende injetar o dinheiro em Diadema Argentina, Pampa del Castillo e Bella Vista Oeste, na Bacia do Golfo San Jorge.

Na província de Río Negro, a Capex está pronta para garantir direitos para realizar trabalhos, visando hidrocarbonetos não convencionais, na área de Cinco Saltos Norte.

Pedidos de autorização de exportação de petróleo e produtos refinados publicados em dezembro:

Pan American Sur: um pedido, para 25.000 m³
Petrolera Aconcagua Energía: um pedido, para 9.000 m³
Pan American Energy: dois pedidos, para um total de 169.500 m³
Total Austral: um pedido, para 20.000 m³
Pluspetrol: um pedido, para 45.000 m³
Equinor Argentina: um pedido, para 35.000 m³
CHNC: um pedido, para 120.000 m³
Gás e Petróleo del Neuquén: um pedido, para 5.000 m³
Petrolera El Trébol: um pedido, para 40.000 m³
Refinería del Norte: três pedidos, para um total de 7.000 m³
PCR: dois pedidos, para um total de 20.000 m³
Shell Argentina: um pedido, para 50.000 m³
Pampa Energía: um pedido, para 10.000 m³
ExxonMobil Exploration Argentina: um pedido, para 20.000 m³
Capex: um pedido, para 7.000 m³
Desarrollos Petrolero y Ganadero: um pedido, para 307m³
Crown Point Energía: um pedido, para 1.223m³
Petróleos Sudamericanos: um pedido, para 15.000 m³
Hattrick Energy: um pedido, para 200 m³
Tecpetrol: dois pedidos, para um total de 115.000 m³
Vista Energy: um pedido, para 150.000 m³
CGC: um pedido, para 80.000 m³