Empresa argentina Datawaves busca expansão internacional

A Datawaves, fornecedora argentina de estruturas para mini datacenters e infraestrutura de fibra ótica, planeja aumentar o faturamento com novos contratos no exterior.

“Somos o único fabricante que tem integração total. Temos um desenvolvimento customizado para a Claro e exportamos para o Paraguai”, contou o presidente da Datawaves, Pablo Perelmuter, em bate-papo com a BNamericas.

Além de datacenters modulares, a Datawaves fornece baterias, sistemas de detecção de incêndio e ventilação, entre outros produtos. Shelters e gabinetes foram exportados para o Paraguai.

O executivo explicou que a empresa agora busca alianças estratégicas com países vizinhos para ampliar sua participação no mercado internacional.

A companhia pretende fechar este ano com um faturamento de US$ 8 milhões a US$ 9 milhões. “A previsão é que, com as exportações, poderemos crescer 10% ou 15% ao ano nos próximos anos”, acrescentou Perelmuter.

A Datawaves acredita que é possível gerar melhores eficiências nos países vizinhos para a exportação de datacenters modulares, visto que o custo da logística é um fator muito importante nesse tipo de projeto.

O crescimento planejado por Perelmuter dependerá das condições econômicas na Argentina e do resultado do segundo turno presidencial de domingo, no qual competem dois modelos muito diferentes de país.

“Hoje, há proteção para a indústria [nacional], mas também há dificuldade de acesso a insumos [importados]”, explicou o executivo.

Com uma fábrica na região metropolitana de Buenos Aires, a Datawaves também entregou recentemente um projeto de datacenter modular de 340 m² para a petrolífera estatal YPF.

Os projetos da Claro incluem diversos tipos de módulos, alguns de 14x17 m e outros de 8x3 m. A empresa também fabricou módulos 21x6 m para a petroleira Pluspetrol.

“Há muitos [projetos] na área de mineração e petróleo porque a inicialização é muito mais rápida do que uma obra civil padrão. Em quatro meses a implantação pode ser concluída”, explicou Perelmuter.

A fábrica de Buenos Aires tem 8.000 m² e dois armazéns: um para racks e outro para construção de projetos dedicados. “Construímos o shelter do zero”, acrescentou.

O executivo destacou que, nesses projetos, a porcentagem de produtos importados não ultrapassa 20%.

A Datawaves emprega 65 pessoas diretamente e mais de 100 indiretamente.