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Engie Chile aumenta estimativa de capex para 2024 e descarta projeto de conversão de usinas a carvão

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Engie Chile aumenta estimativa de capex para 2024 e descarta projeto de conversão de usinas a carvão

A geradora de energia chilena Engie aumentou sua estimativa de capex de 2024 para US$ 555 milhões, acima da previsão anterior de US$ 530 milhões.

O gasto previsto para este ano com sistemas de energia renovável e armazenamento de energia em baterias (BESS) agora é de US$ 235 milhões e US$ 170 milhões, respectivamente.

No início do ano, a companhia estimou um investimento em energias renováveis/BESS de US$ 380 milhões, relativo ao parque eólico Lomas de Taltal (342 MW, US$ 468 milhões), em construção, e aos projetos de armazenamento BESS Tamaya (68 MW, US$ 128 milhões) e BESS Capricornio (48 MW, US$ 76 milhões).

A alta de US$ 25 milhões na previsão para o segmento de energias renováveis/BESS reflete o projeto BESS Tocopilla, de 116 MW, anunciado recentemente, que deve entrar em operação no quarto trimestre de 2025 e aumentará a capacidade instalada de armazenamento de energia da empresa para 371 MW.

Custando US$ 180 milhões, o BESS Tocopilla está sendo construído no antigo complexo termelétrico de Tocopilla da Engie, desativado em setembro de 2022.

“Uma das razões para construirmos armazenamento, BESS, em locais existentes, é porque, é claro, existem sinergias”, disse Eduardo Milligan, CFO da Engie Chile. “É por isso que hoje estamos construindo sistemas BESS primeiro em todas as nossas instalações existentes.”

Citando os sistemas de baterias Tamaya e Capricornio, instalados nos parques solares fotovoltaicos da empresa, ele destacou benefícios como a redução dos cortes de geração, situação que afeta vários geradores de energias renováveis. “Adicionar baterias nesse contexto faz muito sentido, porque somos capazes de carregá-las durante o dia e usá-las durante as horas não solares, quando os preços no mercado spot não são definidos pelas energias renováveis, mas sim pelas termelétricas a gás natural ou carvão.”

A Engie tem 574 MW de capacidade renovável/BESS em construção, o que aumentará o seu parque de energia limpa para 1,5 GW. A empresa conta com 584 MW de capacidade adicional – eólica, solar e armazenamento em baterias – em fase de desenvolvimento.

Além disso, pretende expandir sua presença no segmento de geração na parte centro-sul do país, que tende a ter um perfil de geração eólica diferente em comparação com o norte.

A perspectiva de investimento depende da monetização bem-sucedida de cerca de US$ 333 milhões a receber como parte de um mecanismo de estabilização de preços ao usuário final, disseram os executivos aos participantes da teleconferência.

Em 2026, a Engie espera ter, globalmente, 3,1 GW de capacidade instalada, com as energias renováveis/BESS representando 66% e o gás natural o restante.

DESATIVAÇÃO DE USINAS A CARVÃO

A empresa buscava autorização da Comissão Nacional de Energia (CNE) para desativar as unidades Andina (CTA) e Hornitos (CTH), de seu complexo CTM, com capacidade combinada de 350 MW, até o final de 2025. Isso resultaria na saída total da Engie do segmento de geração a carvão. A Enel já deixou esse segmento e a AES Andes está trabalhando para chegar a essa meta até o final de 2027, no máximo.

A CNE autorizou a Engie a desativar duas outras unidades do CTM, com total combinado de 334 MW, e a converter a sua central IEM, de 377 MW, para gás natural, projeto que será executado em 2026, foi informado durante a teleconferência de resultados do primeiro trimestre de 2024 da empresa.

CONVERSÃO PARA BIOMASSA CANCELADA

A Engie também recebeu aprovação ambiental para converter as unidades CTA e CTH em biomassa. Esse era um plano original, de 2019.

Milligan disse, contudo, que a conversão para biomassa não era viável.

“O mercado de biomassa não está suficientemente desenvolvido para a reconversão das unidades em biomassa agora. É por isso que o que temos em mente hoje é desconectá-las do modo carvão e continuar avaliando outras alternativas”, pontuou Milligan.

“Podemos mantê-las desativadas. Deixaremos as unidades em manutenção, por assim dizer, com investimentos limitados por ano até encontrarmos outras opções para elas, que poderiam ser a conversão para outra tecnologia, o fornecimento de serviços auxiliares ao sistema ou, se não encontrarmos alternativas depois de alguns anos, a desconexão total.”

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