EPM pode procurar novos construtores para Hidroituango

O prefeito de Medellín, Daniel Quintero, levantou a perspectiva de realizar um novo processo de licitação para a barragem Hidroituango, na Colômbia, no que parece lançar novas dúvidas sobre o cronograma de construção de longo prazo do projeto.

Quintero disse que a proprietária do projeto, a Empresas Públicas de Medellín (EPM), poderia lançar um processo de licitação para selecionar um novo construtor para a segunda fase do projeto hidrelétrico, que deve começar ainda este ano.

"Foi-nos explicado… que de cada 100 pesos gastos, 43 deles vão para a administração, para lucrar", disse Quintero, que também é presidente da EPM, a jornalistas na terça-feira.

"Seria preferível trabalhar com um [grupo] que assuma a responsabilidade pelos danos", acrescentou.

Quintero disse que o atual consórcio construtor – CCC Ituango – continuará responsável pela conclusão das obras das duas primeiras turbinas.

Os comentários vêm apesar dos avisos de que a substituição do CCC Ituango provavelmente levaria a mais atrasos.

Em um relatório independente publicado em janeiro, a consultoria multinacional Poyry disse que qualquer decisão de contratar novos empreiteiros seria "contraproducente".

Localizado no rio Cauca, no noroeste do departamento de Antioquia, a usina de Hidroituango estava originalmente programada para começar a operar em 2018.

Além de um atraso de quatro anos, o projeto também está com mais de US$ 1,5 bilhão acima do orçamento, estando agora estimado em pelo menos 18 trilhões de pesos (US$ 4,5 bilhões).

A EPM disse no mês passado que pagamentos de seguro de mais de US$ 1 bilhão para reivindicações de responsabilidade civil permitiriam que o projeto prosseguisse sem outros gargalos.