Equador reduz estimativa de produção de petróleo após decisão sobre Yasuní

O governo do Equador prevê que a produção de petróleo este ano totalizará 159 MMb (milhões de barris), em comparação com a estimativa anterior de 177 MMb.

“A produção de petróleo seria afetada pelo resultado do referendo de 20 de agosto de 2023, que proibiu por tempo indeterminado a exploração do bloco 43 ITT”, afirmou o Ministério de Economia e Finanças em um relatório orçamentário.

Os eleitores decidiram fechar a área no parque nacional Yasuní, na província de Orellana, e a Corte Constitucional estipulou o prazo de um ano para o encerramento das operações.

O presidente do Equador, Daniel Noboa, afirmou nos últimos dias que pode tentar adiar a decisão.

“De acordo com as expectativas de produção de petróleo do bloco 43 ITT para o período 2023-2043 (20 anos), que chegam a 281,8 MMb, a não exploração no bloco 43 ITT levaria a uma redução do rendimento bruto de US$ 17,63 bilhões, considerando um preço médio de US$ 62,6 por barril”, destacou o ministério, citando um estudo do Banco Central do país.

Informações do regulador de energia do Equador mostram que a produção de óleo cru em 23 de janeiro foi de 492.156 b.

O Bloco 43 ITT foi o quarto maior produtor, com 54.757 b, atrás dos blocos 60 (Sacha), 61 (Auca) e 57 (Shushufindi Libertador), com 80.016 b, 77.836 b e 76.296 b, respectivamente.

PRODUÇÃO DE 2023

O ministério acrescentou que a produção de óleo cru de janeiro a outubro atingiu 141 MMb e que poderá totalizar 169 MMb em 2023.

Fatores como rompimentos de oleodutos devido à erosão, protestos e o declínio natural dos campos impactaram as previsões de produção do ano passado, que começaram em 188 MMb e caíram para 178 MMb e 179 MMb em abril e setembro, respectivamente.

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