Estado da Bahia vê forte receita de mineração no primeiro trimestre

As receitas de mineração no estado da Bahia aumentaram 8% ano a ano no primeiro trimestre, representando um desempenho melhor do que o setor como um todo, que registrou queda nas receitas no mesmo período.

A Bahia viu suas receitas de mineração atingirem R$ 2,2 bilhões (US$ 427 milhões) no primeiro trimestre, de acordo com a empresa estatal de pesquisa mineral CBPM.

O setor de mineração registrou receita de R$ 56,2 bilhões no primeiro trimestre, queda de 20% no comparativo anual, segundo a Associação Brasileira de Mineração (Ibram).

Um dos motivos do bom desempenho da Bahia foi a diversificação da produção mineira no estado.

“O avanço da mineração na Bahia se deve principalmente à diversidade geológica do estado. Em 2021, por exemplo, a Bahia liderou a produção de 19 tipos de substâncias”, disse o presidente da CBPM, Antonio Carlos Tramm, em nota.

O estado, que é o terceiro maior produtor mineiro do país, atrás do Pará e Minas Gerais, produz principalmente cobre, ouro, níquel e minério de ferro.

INVESTIMENTOS

Dos US$ 40,4 bilhões projetados para serem investidos pelas mineradoras no Brasil no período 2022-2026, cerca de US$ 6 bilhões devem ir para a Bahia.

Um dos principais projetos já divulgados é o plano de investimento de US$ 590 milhões da Largo Mineração, subsidiária da canadense Largo Resources.

A maior parte do investimento – US$ 360 milhões – financiará a construção de uma planta de pigmentos de dióxido de titânio no polo petroquímico de Camaçari.

A produtora de cobre Ero Brasil, antiga Mineração Caraíba, também disse que investirá US$ 94,5 milhões nos municípios de Jaguarari, Juazeiro e Curaça para expandir a capacidade e melhorar o desempenho operacional.