Estudo indica que impostos sobre o carbono reduzem “significativamente” as emissões do setor elétrico

Um imposto sobre o carbono é uma ferramenta eficaz para reduzir significativamente as emissões do setor elétrico, de acordo com um estudo publicado pela Comissão Econômica das Nações Unidas para a América Latina e o Caribe (Cepal).

A pesquisa analisa o impacto do tributo no desenvolvimento e na operação futura dos sistemas de geração no Chile, Costa Rica, Honduras, Nicarágua e Panamá com base em contribuições determinadas nacionalmente como parte do Acordo de Paris, entre outras variáveis.

Em relação ao Chile, o estudo conclui que, mesmo em meio à descarbonização, a implementação de uma taxa de carbono baixa teve um impacto considerável, principalmente na substituição de novos projetos fósseis, principalmente gás, por uma combinação de projetos de energia renovável.

No caso da Costa Rica, as emissões do setor são muito baixas e uma redução adicional significaria a substituição de blocos geradores específicos, resultando em investimentos dispendiosos, como a instalação de usinas a gás natural para substituir a geração a diesel.

O imposto proporcionaria um incentivo maior para a instalação de parques eólicos em Honduras, que substituiriam parte da produção a diesel durante as horas em que os parques solares não operam.

Na Nicarágua, um imposto sobre o carbono não é necessário, já que as metas são cumpridas, mas o uso desse recurso pode ter um papel importante em compromissos futuros mais ambiciosos.

No Panamá, para todos os cenários tributários, espera-se uma maior proporção de geração a gás, explicada pela necessidade de cobrir a demanda em blocos onde há menor disponibilidade de energia eólica e solar.

O estudo de 100 páginas, em espanhol, está disponível aqui.

“Acreditamos que o catalisador mais importante para promover a implantação de iniciativas de CCUS [captura, uso e armazenamento de carbono] são os impostos progressivos sobre o carbono e os preços do carbono, com tributos e créditos de compensação resultantes”, afirmou Richard Hares, diretor de gestão de carbono da empresa de consultoria global de energia Sproule, à BNamericas anteriormente.

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