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EUA retomarão sanções contra a Venezuela

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EUA retomarão sanções contra a Venezuela

Os Estados Unidos restabelecerão as sanções contra a Venezuela depois que a Suprema Corte do país sul-americano confirmou a desqualificação de uma candidata presidencial da oposição, anunciou uma autoridade norte-americana nesta terça-feira (30).

O porta-voz do Departamento de Estado, Matthew Miller, afirmou que Washington revogaria uma licença que permite que a Venezuela produza e exporte petróleo sem restrições desde outubro.

Anteriormente, o Departamento do Tesouro deu às entidades norte-americanas o prazo até 13 de fevereiro para que encerrassem as transações com a mineradora estatal venezuelana Minervén.

“Na ausência de progresso entre Maduro, seus representantes e a Plataforma Unitária, da oposição, particularmente em relação a permitir que todos os candidatos presidenciais concorram nas eleições deste ano, os Estados Unidos não renovarão a licença quando ela expirar, em 18 de abril de 2024”, declarou Miller em um comunicado.

Na última sexta-feira (26), a Suprema Corte da Venezuela confirmou a proibição de Maria Corina Machado se candidatar a cargos públicos por 15 anos, por suposta corrupção e por apoiar sanções contra Caracas.

O tribunal também ratificou a inelegibilidade de um possível substituto da oposição – Henrique Capriles, duas vezes candidato à presidência.

Machado é a principal rival política do presidente Nicolás Maduro, que foi descrito pelo Secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, como um “ditador brutal”. Em outubro, Machado recebeu mais de 90% dos votos nas primárias para decidir quem seria o candidato da oposição nas eleições presidenciais deste ano.

“Os Estados Unidos continuam empenhados em apoiar o diálogo entre as partes e os desejos do povo venezuelano por um futuro democrático”, disse Miller.

“Continuaremos trabalhando com a comunidade internacional e todos os atores democráticos pacíficos em todo o espectro político na Venezuela e aproveitando os mecanismos à nossa disposição para encorajar um retorno aos princípios do acordo de Barbados”, acrescentou.

IMPACTO NO SETOR DE PETRÓLEO

A Casa Branca revogou uma série de restrições – principalmente relacionadas à indústria de petróleo e gás – em 18 de outubro, depois que o regime de Maduro chegou a um acordo com os partidos da oposição para permitir a realização de eleições competitivas e monitoradas internacionalmente este ano.

A concessão mais significativa foi uma licença geral para as empresas de petróleo e gás retomarem as operações normais no país.

A Venezuela, que possui as maiores reservas comprovadas de petróleo do mundo, viu a produção de óleo cru despencar nas últimas duas décadas, à medida que a empresa estatal PDVSA foi devastada por fatores como má gestão, corrupção e sanções paralisantes.

Segundo analistas, o alívio das sanções abriria caminho para até 300.000 b/d de produção adicional dos campos petrolíferos venezuelanos até 2025.

Entre as empresas que se beneficiaram da mudança estavam Chevron, Eni, Maurel & Prom, Repsol e a chinesa CNPC, todas com participações em blocos locais de petróleo e gás.

Ainda não ficou claro como a última decisão da administração Biden impactaria as atividades dessas companhias no curto prazo.

RESPOSTA DA VENEZUELA

Autoridades venezuelanas disseram na terça-feira que estavam prontas para que os EUA restabelecessem as sanções, descrevendo a política de Washington em relação à Venezuela como uma “agressão econômica”.

“A Venezuela está preparada para qualquer circunstância”, destacou o ministro do Petróleo, Pedro Tellechea, a repórteres em Caracas. “Eles encontrarão uma indústria poderosa, pronta para enfrentar qualquer situação.”

A vice-presidente Delcy Rodríguez anunciou que a Venezuela rejeitaria os voos de repatriação de migrantes dos EUA a partir do próximo mês e revisaria outros acordos de cooperação.

“Se eles cometerem o erro de intensificar a agressão econômica contra a Venezuela, a pedido dos lacaios extremistas do país, a partir de 13 de fevereiro os voos de repatriação de migrantes venezuelanos serão imediatamente revogados”, disse Rodríguez nas redes sociais.

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