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Falta de regras claras prejudica o desenvolvimento da infraestrutura de carregamento de VEs no México

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Falta de regras claras prejudica o desenvolvimento da infraestrutura de carregamento de VEs no México

A falta de regras claras é um dos principais inibidores do desenvolvimento de uma rede de carregadores de veículos eléctricos (VEs) no México, revelou um estudo encomendado pela associação local da indústria automotiva AMIA.

A pesquisa, realizada pela consultoria Frost & Sullivan, traz uma série de recomendações para uma política abrangente que, em uma estratégia conjunta com o governo, deve incluir incentivos à produção e ao consumo, bem como ao desenvolvimento da infraestrutura de carregamento e à disponibilidade de energia limpa acessível.

Segundo dados da Frost & Sullivan, o México conta hoje com cerca de 1.340 postos de carregamento públicos ou semipúblicos e quase 3.210 conectores, uma média de 2,4 conectores por posto.

“Embora o México seja o país com o maior número de postos de carregamento da América Latina, há uma necessidade de aumentar o número de postos para conseguir uma maior adoção de veículos elétricos”, indicou o estudo.

Lorena Isla, diretora de consultoria da Frost & Sullivan para a América Latina, destacou em sua apresentação que, para que haja esse aumento, a indústria precisa que os governos proporcionem segurança para avançar na direção certa.

Segundo Isla, o estudo menciona o lítio e esquemas de comercialização de energia para a infraestrutura de carregamento. “A única coisa que se coloca sobre a mesa é a necessidade de regras claras para que todos os players tenham certeza no momento da tomada de decisão”, afirmou Isla.

A consultora explicou que, embora as montadoras afiliadas à AMIA tenham se esforçado para desenvolver uma rede de carregadores elétricos, já existem empresas terceiras que se dedicam apenas ao desenvolvimento dessa infraestrutura.

Entre as recomendações, de acordo com Isla, o estudo aponta para essas regras claras que são necessárias para que outros participantes desenvolvam a infraestrutura.

O calendário de implementação da política de eletromobilidade proposta sugere que em 2024 comecem a ser definidas as diretrizes para a cobrança pela energia e a regulamentação de novas construções ou redes, enquanto em 2025 deve ser criada uma norma oficial para carregadores e conectores.

O diretor técnico da AMIA, Oswaldo Belmont, lembrou que em 2015 a associação assinou um acordo com a estatal de energia elétrica CFE para que os compradores de veículos elétricos com pontos de recarga domiciliar pudessem solicitar um segundo medidor, de modo que a tarifa domiciliar não fosse afetada ou ficasse mais cara.

Belmont acrescentou que o número de sistemas de carregamento públicos cresceu por conta dos esforços das fábricas de automóveis com os desenvolvedores e, em uma parte deles, a CFE ajudou em alguns pontos do país.

Entre os incentivos administrativos para o desenvolvimento da infraestrutura de carregamento, o estudo destaca a agilização de licenças e estudos de viabilidade por parte da CFE, a aceleração do processamento de licenças de energias renováveis pelo regulador energético CRE e o aumento da capacidade de geração fotovoltaica de particulares para 1 MW.

Já na área de incentivos fiscais, a Frost & Sullivan propõe a redução ou eliminação do IVA dos carregadores por três ou quatro anos, a dedutibilidade do imposto de renda para pessoas e empresas que instalam infraestruturas, a isenção de tarifas sobre os carregadores, a agilização de licenças e viabilidade estudos da CFE para instalação e um mapeamento das áreas onde há viabilidade de infraestrutura elétrica para facilitar processos e autorizações.

Sobre parcerias público-privadas ou iniciativas de montadoras para a instalação de carregadores por conta própria, o presidente executivo da AMIA, José Zozaya, destacou que cada empresa tem estratégias próprias.

“O que posso garantir é que existe um compromisso de todas elas em avançar para novas estratégias para o uso de energia limpa e tudo o que isso implica”, acrescentou.

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