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Fujitsu aumenta foco de investimento em telecomunicações na América do Sul

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Fujitsu aumenta foco de investimento em telecomunicações na América do Sul

O grupo japonês de TI e tecnologia Fujitsu está intensificando seu foco de investimento no negócio de telecomunicações na América do Sul para aproveitar as oportunidades principalmente com operadoras de tier 2 e redes neutras.

“O ano de 2022 marca o início da implementação da estratégia de negócios da Fujitsu para o 5G no Brasil e na América do Sul”, disse à BNamericas Alex Takaoka, diretor de relacionamento com os clientes da Fujitsu para a América do Sul.

O principal segmento da Fujitsu na região, onde está presente desde 1983, é o de produtos para datacenters. A empresa também possui grandes contratos no segmento de armazenamento.

Agora, está competindo por uma fatia do segmento emergente de Open RAN, além de produtos óticos. Essa estratégia focada em telecomunicações começa com o Brasil, que responde por 50% das operações da Fujitsu na região, destacou Takaoka.

“Começamos a focar em produtos para redes de fibra ótica, em transponders. A V.tal, por exemplo, é uma das minhas metas para o próximo ano.”

Há um bom tempo, a Fujitsu fornece servidores de armazenamento e datacenter para a operadora brasileira Oi. Takaoka espera reproduzir essa relação comercial com a V.tal, uma joint venture de fibra entre a Oi e fundos vinculados ao BTG Pactual.

Depois da venda dos datacenters da Oi para a Piemonte Holding (Elea Digital) em 2020, a Fujitsu conseguiu manter os contratos de servidores e armazenamento com os novos proprietários, disse.

Bradesco, Sicoob, Claro Brasil e Sabesp são outros clientes dos produtos para servidores e armazenamento da Fujitsu no Brasil.

No segmento de provedores de internet (ISP), a empresa firmou um contrato com a Desktop, um dos maiores ISPs do país, e também com a HNet.

As duas empresas se tornaram clientes de transponders óticos DWDM. Segundo Takaoaka, o objetivo é aumentar as vendas para outros players de tier 2 e, no próximo ano, focar em operadoras de tier 1, como V.tal, Claro e Vivo.

Ao apostar em produtos de transmissão ótica DWDM, a Fujitsu entra em uma arena ocupada por players como Ciena, Padtec e Huawei.

“Nós começamos a incomodá-los muito ultimamente”, disse ele.

Outra meta para 2023 na estratégia de telecomunicações é trazer equipamentos de comunicação sem fio, rádio e sistemas de comunicação Open RAN 5G para a região.

AMÉRICA DO SUL

Após fortalecer o negócio de telecomunicações no Brasil, a Fujitsu planeja levar a estratégia para seus outros grandes mercados da América do Sul: Colômbia, Chile e Argentina. A empresa também tem alguns clientes no Peru, Equador e Bolívia.

Nesses mercados, o negócio ainda está muito focado em produtos de datacenter.

Os maiores clientes colombianos incluem o banco local Davivienda, o varejista Grupo Éxito e o exército.

A Colômbia é um mercado que cresceu bastante para a empresa e recentemente superou o Chile, apontou Takaoka.

No Chile, os principais clientes são o grupo de bebidas CCU e a empresa de aquisição de pagamentos Transbank. Na CCU, a empresa oferece servidores que ajudam no faturamento e logística, enquanto na Transbank os servidores apoiam transações de pagamento com cartão.

Na Argentina, devido às restrições de importação, a Fujitsu atua mais no segmento de serviços do que na esfera de produtos. Entre os principais clientes estão as montadoras Honda e Toyota.

Para a Honda, a Fujitsu fornece serviços gerenciados, enquanto para a Toyota oferece suporte a aplicações de produção e logística no chão de fábrica.

Depois do Brasil, Takaoka disse que planeja levar as soluções óticas para os outros três mercados prioritários, começando pela Colômbia, em abril de 2023. O segundo da fila seria o Chile.

Na Argentina, o processo depende de conseguir definir condições favoráveis para as importações com os distribuidores locais, acrescentou.

Nas redes privadas, a Fujitsu vê potencial em polos industriais, empresas manufatureiras, agronegócios e empresas de perfuração offshore, embora ainda não tenha projetos ou pilotos em desenvolvimento.

OPEN RAN

Outra aposta na região é o fornecimento de sistemas para operadoras no modelo Open RAN.

Nos EUA, a empresa já fornece sistemas de rádio para a Dish, em parceria com a Nokia, além de outros integradores e fornecedores como NEC, Mavenir e AWS.

De acordo com Takaoka, foi a Fujitsu que estruturou o projeto de Open RAN junto com a Dish e depois incluiu os outros fornecedores.

O impulso de Open RAN também começa no Brasil. A Fujitsu já respondeu positivamente a pedidos de cotações de operadoras brasileiras para provas de conceito e está em negociações com parceiros para o ecossistema de Open RAN, sem se limitar à NEC, Mavenir ou AWS, disse Takaoka.

O desafio da empresa nesse segmento será competir com produtos montados no Brasil.

A Fujitsu também está apostando em uma solução de RAN virtualizada, ou vRAN, para gerenciar implementações de computação de borda.

“Essa virtualização ataca justamente um dos calcanhares de Aquiles do 5G, que é o alto consumo de energia”, destacou o executivo.

A plataforma da Fujitsu gerencia o uso da largura de banda e, consequentemente, o consumo de energia de todas as antenas, servidores virtualizados e outros componentes da rede, dependendo do seu padrão de consumo ao longo do dia, explicou.

Esse sistema está sendo testado nos EUA e no Japão e já mostrou uma redução de até 50% no consumo de energia das operadoras, segundo Takaoka.

Em termos de solução de gerenciamento de vRAN, a empresa compete com NEC, Mavenir e Altiostar.

Sem revelar números para a América do Sul, Takaoaka disse que todos os investimentos no negócio de telecomunicações fazem parte de um plano global para a empresa se tornar um dos três maiores provedores de infraestrutura de rede em médio prazo.

Os líderes neste mercado são Ericsson, Huawei e Nokia.

Há dois anos, a Fujitsu estruturou um fundo de investimento global de US$ 5 bilhões para expansão e aquisições. Parte dos investimentos para a região, inclusive acordos de M&A, virá desse fundo, contou.

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