G Mining adquire projeto CentroGold da BHP no Maranhão

A canadense G Mining Ventures (GMIN) anunciou um acordo para adquirir o projeto CentroGold, da BHP. O projeto está localizado no Maranhão.

“Em consideração à aquisição, a GMIN concederá à BHP uma taxa de royalties NSR de 1,0% sobre o primeiro Moz [milhão de onças] de ouro produzido nos arrendamentos e uma taxa de royalties NSR de 1,5% sobre a produção de ouro subsequente”, disse a G Mining em comunicado.

O projeto CentroGold compreende 47 arrendamentos e hospeda vários alvos de ouro identificados ao longo de uma tendência mineralizada de 80 km no cinturão de ouro de Gurupi, no Brasil, incluindo os depósitos a céu aberto Blanket, Contact e Chega Tudo, que atualmente hospedam 2,3 Moz de recursos de ouro, em conformidade com o JORC, e que permanecem abertos para expansão.

Em julho de 2019, a Oz Minerals, proprietária da CentroGold que foi adquirida pela BHP em 2023, divulgou um estudo de pré-viabilidade sobre os depósitos Blanket e Contact.

O estudo de pré-viabilidade previu uma vida útil da mina de 10 anos, com uma produção média anual de ouro de 100 mil a 120 mil onças/ano, com 190 mil a 210 mil onças/ano nos dois primeiros anos de produção.

“A GMIN vê o projeto como um ativo de exploração em estágio avançado com trabalho extensivo de exploração e engenharia concluído até o momento, o qual inclui mais de 135 mil metros de perfuração de núcleo de exploração. O tamanho, escopo e cronograma de desenvolvimento do Projeto serão redesenhados para se adequar aos planos de crescimento de longo prazo da GMIN, garantindo que os recursos sejam alocados de acordo com nossa estratégia de maximizar o valor para todas as partes interessadas”, informou a empresa em um comunicado.

A aquisição da CentroGold pela G Mining ocorre em um momento que a empresa avança em outros projetos de mineração no Brasil. Em agosto, obteve da Secretaria Estadual de Meio Ambiente do Pará (Semas) as licenças de operação para seu projeto de ouro Tocantinzinho para a operação de mineração, planta de processamento, instalações de rejeitos e uma pista de pouso.

A empresa destacou que o projeto continua dentro do prazo e do orçamento para produção comercial no segundo semestre deste ano. A vida útil de Tocantinzinho é estimada em 10,5 anos e a capacidade de produção está prevista em 175 mil onças/ano, para um capex inicial de US$ 458 milhões.