Gálvez, candidata presidencial, sugere elevar limite de autorização para geradores de energia no México

Xóchitl Gálvez, a principal candidata da oposição à presidência do México, propõe um significativo aumento na capacidade dos geradores isentos de obter licenças, com o objetivo de impulsionar a capacidade de produção nacional.

Gálvez sugeriu aumentar o limite acima do qual os geradores precisariam solicitar uma licença para 10 MW a partir dos atuais 500 kW, o que abriria caminho para um aumento considerável na capacidade instalada de pequenos geradores.

“Por que aumentar a isenção para geração até 10 MW? Para que você não precise pedir permissão da CRE [reguladora de energia], que é corrupta", disse ela nesta quarta-feira (15), durante um evento imobiliário na Cidade do México.

Ela também propôs a retomada dos leilões de energia para que o setor privado possa novamente concorrer para vender eletricidade mais barata e mais limpa ao Estado, acrescentando que isso é necessário para determinadas empresas que não estão recebendo energia limpa, tão necessária, da concessionária estatal CFE.

O atual quadro legal proíbe qualquer pessoa de gerar mais de 500 kW sem uma permissão. Mas, ao mesmo tempo, a obtenção de licenças para geração de energia tornou-se um desafio que apenas alguns conseguiram atingir sob a administração do presidente Andrés Manuel López Obrador.

As restrições são ainda mais rigorosas quando se trata de energias renováveis. Gálvez citou o exemplo de um avicultor na Baixa Califórnia que instalou painéis solares em sua fazendo para atender sua própria demanda, mas a incapacidade de gerar mais o impediu de atingir seus objetivos de produção.

Em dezembro, a Coparmex, uma das maiores associações empresariais do México, propôs uma reforma da lei para aumentar as isenções de licenças para 1 MW, em meio ao fenômeno de nearshoring que está atraindo mais empresas para o México preocupadas com suas emissões de gases com efeito de estufa.