Gás natural da Argentina: consórcio avança com projeto offshore de US$ 700 milhões

Um consórcio formado pela francesa Total Austral, a alemã Wintershall e a argentina Pan American Sur decidiu avançar com o projeto de gás natural Fénix, na costa da província de Terra do Fogo.

O projeto de US$ 700 milhões, que quase entrou em desenvolvimento em larga escala em 2018, mas foi reduzido em meio à turbulência econômica, é considerado crucial para manter a produção de gás do sul da Argentina, na próxima meia década.

A TotalEnergies, que opera e tem uma participação de 37,5% na Fénix, disse em comunicado que os planos para a área envolvem a construção de uma nova plataforma offshore para perfurar três poços horizontais, bem como um gasoduto de 35 km para levar a produção para a plataforma Vega Pléyade existente, para posteriormente ser processado em suas instalações de Río Cullen e Cañadón Alpha.

A empresa espera uma produção de 10 MMm³/d (milhões de pés cúbicos por dia) de gás natural, com início de produção previsto para o início de 2025.

A Fénix apresenta baixos custos técnicos e baixas emissões, e a Total disse que está trabalhando para reduzi-los ainda mais, instalando turbinas eólicas para alimentar algumas atividades e sistemas de recuperação de calor para aumentar a eficiência.

O consórcio, no qual a Wintershall tem 37,5% de participação e a Pan American Sur 25%, já produz gás offshore Terra do Fogo em seus ativos de Carina e Orión. No entanto, a produção nesses locais tem diminuído constantemente à medida que os não convencionais aumentam, impulsionados pelos produtores da bacia de Neuquén.

O governo argentino recentemente estendeu a licença do consórcio para extrair hidrocarbonetos na área por 10 anos, até 2041, abrangendo todos os ativos da Terra do Fogo da TotalEnergies.