Geração distribuída pode atrair até R$ 162 bi em dez anos no Brasil

A geração distribuída (GD) do Brasil deverá crescer entre 56% e 135% na próxima década, exigindo investimentos de 70,4 a 162 bilhões de reais (12,8 a 29,4 bilhões de dólares) no período.

Essa projeção foi divulgada recentemente pela Empresa de Pesquisa Energética (EPE).

A capacidade nacional de GD é atualmente de aproximadamente 30 GW, baseada principalmente em energia solar, de acordo com a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). Há 2,6 milhões de instalações espalhadas por 5.548 municípios em todo o país.

A variação das previsões se deve basicamente às incertezas relacionadas à remuneração da energia injetada na rede a partir de 2029, decorrentes da metodologia de cálculo dos benefícios das micro e mini GD (MMGD) para o setor elétrico, ainda a ser definida pela Aneel.

O cenário base da EPE prevê que a capacidade de GD do Brasil atingirá 58,8 GW em 2034, exigindo investimentos de R$ 116 bilhões.

Enquanto isso, os cenários piso e teto projetam 46,9 GW (R$ 70,4 bi) e 70,5 GW (R$ 162 bi), respectivamente.

No cenário de referência, o segmento residencial deverá ser líder em capacidade instalada, enquanto a energia fotovoltaica continua predominante entre as tecnologias de geração.