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Geradora chilena adiciona 0,5 GW de capacidade de bateria ao plano de investimento

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Geradora chilena adiciona 0,5 GW de capacidade de bateria ao plano de investimento

Um dos pilares do plano de investimento 2024-26 da geradora de energia Enel Chile envolve o aumento da implantação do armazenamento em baterias.

As obras envolvem a instalação de 0,7 GW de baterias, acima dos 0,2 GW do plano anterior, que abrangia o período 2023-25. O investimento previsto associado é de US$ 0,6 bilhão.

“Esta tecnologia será um elemento-chave para o futuro sistema”, disse o CEO da Enel Chile, Fabrizio Barderi, ao apresentar a estratégia durante um evento do dia do investidor, nesta segunda-feira (27).

A Enel é o maior player do Chile em capacidade instalada.

Após uma apresentação, Barderi revelou à BNamericas que a empresa estava analisando opções para a duração da injeção.

Até o momento, a Enel vem adotando sistemas de duas horas, voltados para a participação no mercado de serviços auxiliares. As autoridades estão agora estudando a viabilidade de unidades com maior duração, mais adequadas ao negócio de transferência de energia.

“Estamos avaliando as diferentes alternativas”, anunciou Barderi, acrescentando que as autoridades estavam analisando os preços. “Pode ser razoável mudar para sistemas de maior duração.”

Caso a avaliação determine que as duas configurações são iguais em termos de níveis de lucro, a empresa optará pela opção de maior duração, completou.

O quadro regulamentar do Chile para sistemas de armazenamento incorporados em parques de geração de energia está praticamente completo. Os stakeholders estão à espera de mais diretrizes – a outra metade – para os sistemas independentes.

Este ano, a Enel colocou em produção o parque eólico La Cabaña, de 106 MW, na zona central. A planta inclui um componente de armazenamento em bateria de 34 MW (em fase de construção). Ainda na zona central, a Enel lançou o parque solar Manzano, de 99 MW, que conta com uma unidade de baterias de 67 MW, também em fase de construção.

Outro projeto eólico, Rihue de 120 MW, possui sistema de armazenamento de 34 MW e está pronto para começar a construção, de acordo com a apresentação para investidores do terceiro trimestre de 2023. Neste semestre, a empresa iniciou a construção do projeto Don Humberto, com de 80 MW de energia solar fotovoltaica e 67 MW de armazenamento em bateria.

Em um contexto de crescente penetração das energias renováveis e de congestionamento da transmissão, o armazenamento de energia é considerado uma opção atrativa para contribuir com a descarbonização em curso no Chile. Os sistemas podem fornecer serviços de estabilidade da rede, bem como armazenamento de energia durante o dia e injetá-la de volta para a rede ao entardecer, quando os preços spot estão mais elevados.

O governo do Chile propõe um leilão de armazenamento de energia, com cerca de 2 GW de capacidade. Embora exista consenso na indústria sobre a necessidade de capacidade de armazenamento, há divergências sobre o mecanismo/modelo. Os grandes players chilenos destacam que o setor privado já está construindo e financiando sistemas por iniciativa própria.

Os investidores da Enel foram informados de que a estratégia da empresa prevê a realização de projetos de energia em parceria com terceiros.

CAPEX DE GERAÇÃO E CAPACIDADE INSTALADA DA ENEL CHILE

Enquanto isso, em termos de investimento total em geração, dentro do escopo do plano, a Enel pretende adicionar 1,3 GW, incluindo 0,3 GW de energia eólica, 0,2 GW de energia solar fotovoltaica, 0,7 GW de armazenamento e 0,2 GW de energia hidrelétrica. A Enel destinou US$ 1 bilhão para energias renováveis e US$ 0,6 bilhão para armazenamento em baterias. A empresa também destinou US$ 0,3 bilhão para os projetos em termelétrica.

Os números se comparam com a adição de 1,1 GW do plano anterior – 0,3 GW de energia eólica, 0,5 GW solar, 0,2 GW de armazenamento em bateria e 0,2 GW de hidrelétrica –, que envolveu despesas de desenvolvimento de US$ 1,1 bilhão.

Até o final de 2026, a capacidade instalada líquida da Enel deverá ser de 9,9 GW, abrangendo 37% de energia hidrelétrica, 35% de energias renováveis não convencionais (ERNC), 21% de energia termelétrica e 8% de armazenamento em bateria.

No final de setembro, a capacidade instalada líquida era de 8,8 GW, composta por 40% de energia hidrelétrica, 37% de NCRE e 24% de termelétricas.

CAPEX GERAL PARA 2024-26

Para 2024-26, o capex total é de US$ 2,3 bilhões, acima dos US$ 1,7 bilhão do plano anterior. Além do trabalho de geração, a Enel alocou 0,3 GW para o segmento de rede.

LEILÃO DE FORNECIMENTO DE ENERGIA NO MERCADO REGULADO

Apesar dos planos para aumentar a participação de suas vendas no mercado livre para 76% das vendas totais em 2026, a partir de uma previsão de 61%, em 2023, a Enel pretende participar do leilão de fornecimento de energia no mercado regulado da Comissão Nacional de Energia (CNE) em andamento, nº 2023/01. A Enel destacou que quaisquer novos projetos entregues entrariam em operação a partir de 2027, além do período considerado no plano 2024-26.

“Participaremos sem uma abordagem agressiva, mas uma abordagem oportunista”, revelou Barderi aos investidores.

Este mês, a CNE adiou o prazo de licitação de fornecimento para abril de 2024, alegando o tempo necessário para que a banca de especialistas – um órgão autônomo encarregado de resolver litígios no setor elétrico – analise as discrepâncias apresentadas por um gerador referente ao relatório final do leilão. As propostas deveriam ser originalmente entregues no próximo mês.

De acordo com uma apresentação da Enel, a previsão é que o preço médio da eletricidade vendida sob acordos de compra de energia nos mercados livre e regulado seja de US$ 65/MWh, em 2026, abaixo do preço estimado de US$ 75/MWh em 2023. O preço spot médio deverá cair de US$ 86 MWh para US$ 47/MWh.

As vendas de eletricidade da Enel deverão registar 30,7 TWh este ano e 33,4 TWh em 2026.

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