Giro de notícias: comitê de avaliação do Rigi e manifestações de interesse de HEFA

AVALIAÇÃO DO PROJETO RIGI

O governo argentino emitiu uma resolução estabelecendo um comitê para avaliar projetos que desejam aderir ao Regime de Incentivo a Grandes Investimentos (Rigi).

Serão incluídos membros do Ministério da Economia e do gabinete, também será permitida a participação de outros tomadores de decisão do governo e de especialistas externos para que forneçam suporte técnico.

Os membros do comitê avaliarão os planos de investimento apresentados pelos veículos de propósito específico e emitirão recomendações de aprovação ou rejeição.

Além disso, será criada uma unidade de coordenação e monitoramento, liderada pela divisão de coordenação de energia e mineração.

O Rigi faz parte da lei de reforma econômica da Argentina, que visa flexibilizar o controle estatal sobre uma economia com sérios problemas de liquidez e estimular o investimento.

De acordo com o Rigi, os projetos que atenderem aos requisitos receberão benefícios fiscais, aduaneiros e cambiais, com estabilidade legal e regulatória garantida por 30 anos. As iniciativas terão dois anos para solicitar os benefícios e deverão investir, dentro dos dois anos seguintes à aprovação, pelo menos 40% do valor mínimo acordado.

O presidente Javier Milei disse recentemente que há projetos confirmados no valor de US$ 50 bilhões.

MANIFESTAÇÕES DE INTERESSE EM COMBUSTÍVEIS SINTÉTICOS

A empresa estatal uruguaia de biocombustíveis, Alur, está convidando empresas a participar de um projeto de HEFA (Ésteres e Ácidos Graxos Hidroprocessados).

A Alur lançou uma chamada de manifestação de interesse, que será seguida por um processo de seleção.

Óleos vegetais e óleo de cozinha usado, juntamente com gorduras animais e outros produtos residuais gordurosos, seriam processados na refinaria de petróleo La Teja, da Ancap.

O objetivo da chamada éa é atrair o setor privado para ajudar na produção e comercialização de produtos refinados: óleo vegetal hidrotratado (HVO) e combustível de aviação sustentável (SAF). O primeiro normalmente é usado como combustível renovável para o transporte terrestre. Os produtos finais mencionados pela Ancap são biodiesel, SAF, biogasolina e biopropano.

CRÉDITO: Ancap

A Ancap lançou um processo de aquisição para a concessão de uma licença de processo e engenharia básica da unidade de hidroprocessamento planejada para La Teja, no departamento de Montevidéu.

No ano passado, a estatal informou que estava realizando estudos para avaliar a viabilidade de adaptar La Teja para produzir SAF e diesel a partir de matérias-primas não fósseis.

Paralelamente, a Ancap lançou em julho uma convocatória para manifestações de interesse para desenvolver um hub logístico de combustíveis líquidos no departamento de Maldonado.

O Uruguai depende da importação de hidrocarbonetos e está trabalhando para alcançar a soberania energética por meio de diversas iniciativas, incluindo hidrogênio verde e seus derivados.

Clique aqui para mais informações sobre a chamada de HEFA, em espanhol.